Preso em Caruaru, vereador 'Pastor' Jadiel nem é pastor

Nota oficial da Igreja Adventista do 7º Dia esclarece o fato

qui, 19/12/2013 - 15:56

Após a prisão de dez vereadores de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, acusados de corrupção passiva, organização criminosa e concussão – crime caracterizado quando servidores públicos tentam obter vantagem, ao tentarem extorquir a gestão municipal e o prefeito José Queiroz com a quantia de R$ 2 milhões para aprovar projetos de leis. A Igreja Adventista, da qual o vereador Pastor Jadiel - um dos envolvidos - é membro, enviou nota afirmando que o parlamentar não é pastor da Congregação. Veja:

"A Igreja Adventista do Sétimo Dia esclarece que o vereador Jadiel José do Nascimento é membro ativo desta instituição, porém, informamos que o referido vereador não é pastor credenciado da organização e, portanto, não representa oficialmente a igreja.  

A Igreja Adventista do Sétimo Dia preza pelos ensinamentos de Deus evidenciados na Bíblia Sagrada através da prática de valores como o amor, a verdade, a honestidade, o respeito e a fidelidade com o objetivo de promover o bem estar social".

A prefeitura também se posicionou sobre os fatos em nota oficial:

"Considerando os recentes acontecimentos que tanto chocaram a opinião pública da cidade, o Governo Municipal vem a público esclarecer sua posição a respeito da cena política local, tendo em vista as responsabilidades do Poder Executivo para com o povo de Caruaru.

1. A entrevista coletiva do delegado da Polícia Civil, Erich Lessa, no Recife, na manhã desta quinta, (19), deixou claro que a Prefeitura não aceitou, hora nenhuma, as pressões de vereadores para negociar vantagens em troca da aprovação de projetos encaminhados pelo Executivo;

2. Conforme a mesma autoridade, a Prefeitura colaborou com as investigações e continuará a colaborar com a Justiça, com o Ministério Público e com a Polícia, sempre no interesse de combater a corrupção e as práticas não republicanas na política.

3. Vale destacar, ainda, que a Polícia Civil vem investigando as condutas suspeitas de parlamentares municipais há mais de seis meses, a partir de denúncias e declarações amplamente divulgadas na imprensa local.

4.  Por último, a Prefeitura de Caruaru afirma sua confiança no trabalho da Polícia Civil e  da Justiça, reservando-se o direito de só se pronunciar sobre o assunto após o encerramento de todos os procedimentos legais cabíveis".

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