MPPE ouve vereadores para abrir processo de improbidade
Câmara informou que enviará caso para a comissão de ética
A partir desta quinta-feira (16), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ouvirá os dez vereadores de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, acusados de tentar extorquir a Prefeitura e o prefeito José Queiroz. As ouvidas serão o ponto inicial de abertura de processo de improbidade administrativa contra os edis.
Os vereadores são investigados pelos crimes de concussão, organização criminosa e corrupção passiva. Para colher os depoimentos o grupo foi dividido em três. Na tarde de hoje serão ouvidos Eduardo Cantarelli (SDD), Jadiel Nascimento (PROS), Jajá (PPS) e Louro do Juá (SDD).
Na sexta-feira (17) o MPPE colhe o depoimento de Sivaldo Oliveira (PP), Val das Rendeiras (Pros), Cecílio Pedro (PTB) e Val (DEM). Já os edis Neto (PMN) e Evandro Silva (PMDB), recentemente presos por intimidação à testemunhas do processo, ainda não têm data para serem ouvidos.
O MPPE cobrou da Câmara de Vereadores do município abertura do processo de cassação do mandato dos dez parlamentares. A Casa de Leis informou que enviará o processo para a Comissão de Ética. Porém, antes disso terá que convocar cinco novos suplentes para a comissão, já que os atuais foram presos na Operação Ponto Final. De acordo com o regimento interno da Câmara de Caruaru, a comissão terá 30 dias para apresentar parecer pela cassação ou não dos suspeitos, prorrogáveis por mais 30 dias.
Os dez vereadores foram presos no dia 18 de dezembro de 2013, pela polícia Civil que, através de escutas, flagrou os parlamentares cobrando a quantia de R$ 2 milhões para aprovar o projeto de lei de implantação do BRT (Bus Rapid Transit) em Caruaru, orçado em R$ 250 milhões.