Escolha de Câmara repercute em Caruaru, terra de Lyra

Vereadores defenderam escolhas de Eduardo Campos

sex, 28/02/2014 - 14:31
Monicky Mel Araújo/LeiaJaImagens Sessão também contou com protesto de populares, que pedem cassação de vereadores Monicky Mel Araújo/LeiaJaImagens

Na reunião da Câmara de Vereadores de Caruaru, na noite de quinta-feira (27), na tribuna, os discursos giraram em torno da política local e, alguns destoaram falando sobre a escolha de Eduardo Campos para seu sucessor. Na reunião anterior, muitos vereadores criticaram o governador por não ter escolhido o caruaruense João Lyra Neto (PSB). Os poucos vereadores da oposição renderam elogios à Campos e Lyra Neto, dizendo que gostariam de ter tido a oportunidade de votar nele para governador de Pernambuco.

Governistas revidaram. “Votei no vice-governador João Lyra Neto em todas as ocasiões em que tive oportunidade, ele sabe disso. Mas o governador Eduardo Campos é o comandante da sua sucessão e achou por bem escolher o secretário Paulo Câmara. Eu espero que Caruaru saiba reconhecer todo o trabalho que Eduardo Campos fez pela cidade, como a saúde, com a construção de hospitais. Após a sua passagem pelo governo do Estado, Caruaru nunca mais será a mesma na área da saúde”, disse o vereador Marcelo Gomes em seu discurso.

Em aparte, o também governista Lula Torres foi mais enfático: “Esta casa tem que ter um certo cuidado, é normal que em alguns discursos saíamos um pouco da linha. Mas chegar na tribuna é chamar o governador de traidor é preciso ter cuidado com isso. Eduardo Campos, na primeira campanha de Lula, quando o PT não tinha um caixote para subir, Eduardo saiu pelo Estado fazendo campanha para ele. Na segunda, na terceira e na quarta ele fez isso, enquanto muitos que defendem Dilma e Lula, hoje, nunca votaram neles”, disse declarando o seu voto em Paulo Câmara.

Protesto - Nas galerias, populares realizaram uma manifestação pacífica e barulhenta para chamar a atenção dos parlamentares sobre o processo de cassação dos vereadores envolvidos em escândalos de extorsão. Os manifestantes levantavam cartazes como “O povo não é besta. Queremos cassação”, cada vez um que um vereador usava a tribuna. E acompanhando com elogios ou criticas cada discurso.

COMENTÁRIOS dos leitores