DEM diz que confissão de Foster sobre Pasadena reforça CPI

"A Petrobras está dominada por facções políticas no intuito de dilapidar o patrimônio público", disparou Mendonça Filho

por Giselly Santos ter, 15/04/2014 - 15:05
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados A dirigente da estatal está sendo sabatinada, pelos parlamentares, sobre as denuncias de irregularidades envolvendo a empresa petroleira Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Os deputados federais do Partido Democratas (DEM) Mendonça Filho, Ronaldo Caiado (GO) e Rodrigo Maia (RJ) defenderam após participar, na manhã desta terça-feira (15), na audiência pública que está sendo realizada no Senado com a presidente da Petrobras, Graça Foster, que a confissão da dirigente, sobre a compra da plataforma de Pasadena, reforça ainda mais a necessidade da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar exclusivamente a transação. A dirigente da estatal está sendo sabatinada, pelos parlamentares, sobre as denuncias de irregularidades envolvendo a empresa petroleira. Foster afirmou que “não há como reconhecer na presente data que (Pasadena) foi um bom negócio”.

Para Mendonça a quantidade de vezes que a presidente se esquivou das perguntas mais complicadas reforçou a necessidade de instalação de uma CPI. “É lamentável essa tentativa da presidente em desviar o foco daquilo que merece apuração. Hoje, a Petrobras está dominada por facções políticas no intuito de dilapidar o patrimônio público. É isso que precisa ser apurado e não será uma investigação interna que resolverá. Precisamos da CPI”, argumentou o líder da legenda na Câmara.

“Pelo menos isso ela teve que reconhecer”, disparou Caiado. Para ele, Graça Foster tergiversou quando questionada sobre os maiores problemas da empresa e não explicou a influência política nas decisões da estatal. “Ela quis vender aquela tese de que está cuidando e tentando elucidar os fatos, mas não fala porque essa iniciativa não começou antes. Porque só iniciou a demissão de todos os envolvidos depois da divulgação da mídia. Houve a mão de alguém politicamente forte que se beneficiava dessas negociatas e com isso tinha o poder de mantê-los nas diretorias. Como é que uma empresa qualificada mundialmente faz um contrato tao primário como esse de Pasadena?”, questionou o goiano.

A instalação da comissão de inquérito também foi defendida por Rodrigo Maia, que lembrou que o fato de existir um ex-diretor da Petrobras preso é motivo suficiente para que o caso seja investigado por instâncias externas à empresa. “A vinda dela não ajudou e acho que ficou mais claro a necessidade de realização da CPI. Até porque hoje você tem um diretor da Petrobras preso, então, não podemos esperar que saia algo de uma investigação que parta do governo”, afirmou.

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