Primeiro inquérito que Fachin recebe no STF é de Renan
O caso é sigiloso no qual a Procuradoria apura se Calheiros pagou as despesas de um "relacionamento extraconjugal" com Mônica Veloso com dinheiro recebido de propina paga por uma construtora
Em seu primeiro dia como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin já recebeu o acervo de processos que assume a relatoria partir de hoje na Corte, entre eles o inquérito que investiga o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O parlamentar foi um dos maiores obstáculos enfrentados pelo ministro no processo de aprovação a que teve de se submeter no Congresso.
O caso é um inquérito sigiloso no qual a Procuradoria apura se Calheiros pagou as despesas de um "relacionamento extraconjugal" com Mônica Veloso com dinheiro recebido de propina paga por uma construtora. Fachin assume a relatoria dos 1,4 mil processos do antigo gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, que deixou para o novo integrante os casos ao assumir a presidência da Corte.
O novo ministro será relator também de um inquérito sigiloso com o que restou do mensalão no tribunal, mais especificamente relacionado ao "caminho do dinheiro" no esquema. Constam, entre outros casos, uma ação penal do deputado Paulo Maluf (PP-SP) e um recurso do médico Roger Abdelmassih.
Na primeira sessão, Fachin recebeu as boas-vindas dos colegas do Supremo e respondeu os cumprimentos dizendo estar "honrado" em compor a Corte. A esposa do jurista acompanhou a sessão plenária na primeira fila da plateia da Corte.
A expectativa é que até o recesso do Judiciário, que acontece em julho, o Supremo não julgue temas polêmicos para que Fachin tenha tempo de se "ambientar" no tribunal e tomar ciência dos processos.