Costa Filho cobra urgência em debate sobre a Arena PE

Deputado quer saber como ficará a construção da Cidade da Copa diante da rescisão do contrato entre o governo e a Odebrecht, além de outros pontos que segundo ele ficaram em aberto

por Giselly Santos qua, 09/03/2016 - 10:59
Fernando da Hora/LeiaJáImagens/Arquivo Para o líder da oposição, o cenário de disputa jurídica com a Odebrecht preocupa por causa dos possíveis impactos sobre outras PPPs do Estado Fernando da Hora/LeiaJáImagens/Arquivo

Líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e pré-candidato a prefeito do Recife, o deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB) fez um apelo à base do governo para a realização de um debate sobre a Arena Pernambuco e a rescisão do contrato entre o Governo do Estado e a Odebrecht.

De acordo com o parlamentar, ainda há questões a serem esclarecidas, que sequer foram tocadas na nota divulgada pela gestão na última sexta-feira. “Como ficará a Cidade da Copa? Qual será a modelagem jurídica desse rompimento com a Odebrecht Arenas? Como ficarão as obras de mobilidade urbana previstas? Quem pagará a conta do programa de aceleração da obra da Arena Pernambuco, que dobrou o número de trabalhadores envolvidos no empreendimento?”, questionou o petebista.

Para o líder da oposição, o cenário de disputa jurídica com a Odebrecht preocupa por causa dos possíveis impactos sobre outras PPPs do Estado. “A Odebrecht é o maior parceiro do Governo de Pernambuco. Se essa questão realmente for judicializada, como ficarão as outras PPPs tocadas pela empresa, como a PPP do Saneamento da Região Metropolitana do Recife e o Sistema Viário do Paiva?”, indagou.

Segundo Costa Filho, além da gestão estadual, é preciso ouvir todas as partes envolvidas nesse processo. “Queremos convidar o vice-governador Raul Henry, o procurador-geral do Estado, André Caúla, os representantes da Odebrecht – que até agora não se posicionou –, e o prefeito Geraldo Júlio – na época secretário de Planejamento que, em nome do Governo, coordenou todo o processo de licitação – além do Tribunal de Contas do Estado.”, destacou, acrescentando “o caráter de urgência” com que essa questão deve ser tratada.

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