PSB defende 'saída imediata' de Eduardo Cunha da Câmara

Ao anunciar a decisão do PSB, o vice-líder da bancada na Câmara, deputado Tadeu Alencar, afirmou que o presidente “deu as costas ao Brasil e à Câmara”

por Giselly Santos qui, 10/03/2016 - 17:40
LeiaJáImagens/Arquivo Citando o episódio da Reforma Política, Tadeu Alencar recordou a 'atitude imperial e autocrática' de Cunha LeiaJáImagens/Arquivo

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) decidiu ingressar na ala dos partidos que defendem a renúncia do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). O pedido pela “saída imediata” do peemedebista foi feito pelo vice-líder da bancada, o deputado federal Tadeu Alencar, em discurso na Casa nesta quinta-feira (10). A postura foi definida pelos parlamentares, juntamente com a direção nacional do partido durante uma reunião na noite dessa quarta (9). 

Para Alencar, o presidente “deu as costas ao Brasil e à Câmara” e, em nome do decoro parlamentar e da decência, “o PSB exige sua renúncia”. Justificando o posicionamento, o pernambucano elencou “as denúncias e os desmandos” já atribuídos a Cunha e afirmou que cada um deles já seria motivo suficiente para que o peemedebista se afastasse do cargo. 

Citando o episódio da Reforma Política, Tadeu Alencar recordou a “atitude imperial e autocrática” de Cunha ao “destituir o colegiado sem sequer permitir a entrega do relatório final dos trabalhos”. Para o vice-líder, o ápice dos erros do presidente da Câmara está na postura dele diante do processo que pede sua cassação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. 

“Agora, para coroar, tivemos a vergonhosa e fartamente denunciada informação sobre a possibilidade de falsificação de uma assinatura de um dos deputados do Conselho de Ética”, destacou, referindo-se ao caso do deputado Vinícius Gurgel (PR-AP), aliado de Cunha. O socialista também mencionou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acatar a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) e transformar o peemedebista em réu por envolvimento em irregularidades envolvendo a Petrobras. 

“Cada motivo desses, isoladamente, já recomendaria o afastamento imediato do presidente Eduardo Cunha. Mas o conjunto da obra é gravíssimo”, frisou Tadeu Alencar. 

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