“Afirmações são imprecisas”, diz defesa de Bezerra Coelho

A defesa do senador é taxativa ao afirmar que são imprecisas a denúncia da Procuradoria da República em Pernambuco citando o nome do senador em esquema de lavagem de dinheiro

por Taciana Carvalho qua, 03/08/2016 - 19:10

Após citação do nome do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) em esquema de lavagem de dinheiro desviado de verba pública, a defesa do parlamentar divulgou nota esclarecendo que “são absolutamente imprecisas as afirmações feitas pela Procuradoria da República em Pernambuco na denúncia oferecida”. A Procuradoria citou Bezerra Coelho na denúncia contra 18 alvos da Operação Turbulência. O desvio de dinheiro público seria supostamente liderado pelo empresário João Carlos Lyra.

A nota também ressalta que, "após mais de um ano do início da Operação Lava Jato o procedimento segue sem qualquer prova sobre a participação do senador em qualquer atividade ilícita, e continua calcado tão somente nas informações conflitantes fornecidas por delatores, declarações estas que não vem com sequer um documento comprobatório”.  

Segundo a defesa de Bezerra Coelho, “diferentemente do que foi descrito pelo MPF naquele estado, Fernando Bezerra não foi citado por qualquer pessoa ligada à construtora Camargo Correa – muito menos, como sendo receptor de recursos da empresa – conforme atestam testemunhas cujos depoimentos constam das páginas 859 e 890-891 do Inquérito 4005. Nessas páginas, verifica-se que, nos depoimentos de Gilmar Pereira Campos e Wilson da Costa (ex-funcionários da empresa Camargo Correa), utilizados para subsidiar a denúncia, conforme item 24 da mesma, não há sequer a citação do nome do Senador Fernando Bezerra Coelho”.

A nota ainda frisa que “o senador não participou da coordenação das campanhas de 2010 e 2014 de Eduardo Campos". Defende Fernando Bezerra Coelho o advogado André Callegari. Seu filho, Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE), é ministro de Minas e Energia do Governo interino Michel Temer.

COMENTÁRIOS dos leitores