Dilma decide ir ao Senado fazer a própria defesa

A presidente afastada deverá ter 30 minutos para o pronunciamento e responderá as perguntas do presidente do STF, dos senadores, da acusação e da defesa

por Dulce Mesquita qua, 17/08/2016 - 12:11 Atualizado em: qua, 17/08/2016 - 12:14
Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo

Ao contrário do que era esperado, a presidente afastada Dilma Rousseff irá ao plenário do Senado fazer a própria defesa, durante o julgamento de impeachment. A informação foi dada pela petista ao jornal Folha de São Paulo, nesta quarta-feira (17), e depois confirmado pela assessoria de imprensa dela.

Se isso se confirmar, ela deverá ter 30 minutos para o pronunciamento, podendo o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski - que presidirá a sessão - dar mais tempo a ela caso seja necessário. "Será a manifestação de uma presidente que irá ao Senado e que está sendo julgada por um processo de impeachment sem crime de responsabilidade", frisou ela ao jornal, insistindo na própria inocência, assim como feito na Carta aos senadores e ao povo brasileiro, divulgada nessa terça (16).

Ainda à Folha, Dilma disse que não tem medo das interpelações dos senadores, que poderão fazer perguntas a ela, caso Dilma realmente compareça ao Senado. "Aguentei tensões bem maiores na minha vida", ressaltou.

As perguntas poderão ser feitas por Lewandowski, pelos senadores previamente inscritos, pela acusação e pela defesa, nessa ordem. Como depoente, Dilma poderá usar o direito constitucional de permanecer em silêncio.

A data da ida de Dilma ao Senado ainda não está acertada, mas poderá acontecer no dia 29, quando a acusação e a defesa deverão apresentar as alegações finais. O cronograma, porém, ainda está sendo definido em reunião entre Lewandowski, Renan Calheiros e líderes partidários.

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