Em Pernambuco, 17 cidades ainda não tem prefeito definido

Os novos prefeitos Romero Sales (PTB) e Lula Cabral (PSB), respectivamente, eleitos nos municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho podem não assumir o cargo

por Taciana Carvalho sab, 05/11/2016 - 17:28
Reprodução/Facebook Reprodução/Facebook

Em Pernambuco, 17 candidatos a prefeito eleitos podem não assumir o mandato porque estão com os registros de candidatura impugnados e aguardam julgamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE). Desse número, 13 processos foram julgados e receberam novos recursos e seis estão em Brasília em análise.

Uma das candidaturas que está na lista do TRE-PE é o de Romero Sales (PTB), prefeito eleito em Ipojuca, município localizado na Região Metropolitana do Recife (RMR). Ele foi condenado por improbidade, em 2012, quando era vereador da cidade por uma viagem realizada em 2008. 

Sales viajou, à época, ao lado de outros sete parlamentares, cinco assessores e três servidores da Câmara Municipal para Foz do Iguaçu para participar do 39º Encontro Nacional de Agentes Públicos. Segundo a Justiça, a viagem com a verba pública da Câmara Municipal teve finalidade turística. O total gasto teria sido de R$ 69.657,86. 

O prefeito eleito Lula Cabral (PSB), no município do Cabo de Santo Agostinho, também está entre os nomes. Ele foi condenado por improbidade administrativa por fraude em licitação, em 2005, quando era prefeito da cidade. 

A previsão é que o TRE-PE divulgue a decisão final até o final deste mês. É possível ocorrer uma nova eleição, caso a decisão da Justiça Eleitoral seja desfavorável ao recurso dos candidatos eleitos. 

Lei da Ficha Limpa

Conforme a Lei da Ficha Limpa, serão considerados inelegíveis os políticos que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por "irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes".

COMENTÁRIOS dos leitores