"Temer não está preocupado com popularidade", diz ministro

Ministro da Defesa, Raul Jungmann, comentou recente pesquisa Datafolha e disse que o momento não é de pensar em popularidade, mas sim de tirar o Brasil da crise econômica

por Eduarda Esteves seg, 12/12/2016 - 14:25
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens Segundo ministro de Temer, a impopularidade do governo não incomoda o planalto Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

De passagem pela capital pernambucana para uma reunião sobre a atuação das Forças Armadas na Região Metropolitana do Recife (RMR), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, comentou a última pesquisa pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (11) e afirmou que o Governo Federal não está preocupado com popularidade nesse primeiro momento. 

De acordo com a pesquisa, a parcela dos brasileiros que consideram o governo Michel Temer ruim ou péssimo saltou de 31% em julho para 51% em dezembro. Ainda segundo o levantamento, 34% consideram a atual gestão regular e 10%, boa ou ótima. O Datafolha ouviu 2.828 pessoas em 174 cidades brasileiras nos dias 7 e 8 de dezembro.

Para o ministro da Defesa, a baixa popularidade é reflexo da situação crítica da economia brasileira. "O Michel Temer tem efetivamente dois meses e quatro meses de um governo interino. A situação que recebemos, sobretudo a econômica, é muito difícil. Essa popularidade vai ser conquistada ao longo do tempo", frisou.

Ainda conforme a pesquisa, 63% se disseram favoráveis à renúncia de Temer ainda neste ano para a convocação de novas eleições diretas antes de 2018. Outros 27% se disseram contra a renúncia do presidente, 6% se disseram indiferentes e 3% não souberam responder. Jungamnn explicou ainda que o momento é de colocar o Brasil no rumo certo para sair da crise econômica. 

Delação

No último sábado (10), a delação do ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho atingiu Michel Temer. Ele disse que o presidente pediu, em 2014, R$ 10 milhões ao empreiteiro Marcelo Odebrecht. Em 82 páginas, o executivo contou como a maior empreiteira do País comprou, com propinas milionárias, integrantes da cúpula dos poderes Executivo e Legislativo.

Segundo o delator, os R$ 10 milhões foram pagos em dinheiro vivo ao braço direito do presidente, o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O dinheiro também teria sido repassado ao assessor especial do peemedebista, José Yunes, seu amigo há 50 anos.

Para o ministro da Defesa, a lista foi ilegalmente vazada e é preciso mais cautela para que a Justiça prevaleça. "Temos que esperar esse processo seja homologado e haja o direito de defesa daqueles que estão nela. Se é que essa lista é real", comentou Jungmann. 

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