Licitação de alimentos para avião presidencial é cancelada

O Palácio do Planalto cancelou a licitação que estimava gasto em R$ 1,75 milhão para compra de alimentos para o avião que atende à Presidência da República

por Taciana Carvalho ter, 27/12/2016 - 18:14
Beto Barata/PR/Fotos Públicas Beto Barata/PR/Fotos Públicas

Diante de crise brasileira, muitos cidadãos ficaram surpresos com a notícia divulgada, na manhã desta terça (27), sobre a licitação estimada em R$ 1,75 milhão para compra de alimentos para o avião que atende à Presidência da República.  A lista continha, entre outros produtos, a encomenda de 500 potes de sorvete da marca americana Häagen-Dazs, de 100 gramas, ao custo de R$ 7,5 mil.

Após a repercussão negativa da notícia, o Palácio do Planalto cancelou a licitação, que havia sido publicada no Diário Oficial no último dia 19. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, em seu Twitter, escreveu que “por orientação presidencial, foi cancelado o Pregão 14/2016, para o dia 02.01.2017, de Serviços de Comissária Aérea”. A licitação iria escolher a empresa que ficaria responsável pelo serviço de bordo do avião presidencial por um ano.

O Breakfast PR, como é chamado o café da manhã, totaliza 200 refeições prontas, com custo de R$ 96, com presunto de parma e queijos brie, provolone e muçarela de búfala. Um total de 120 potes de Nutella ao custo de R$ 34 a unidade também constavam na então lista.

Há um pouco mais de um mês, o ministro da Educação, Mendonça Filho, solicitou o cancelamento de um edital de licitação cujo texto previa gastos de R$ 198 mil em refeições durante viagens aéreas de integrantes do ministério em aviões da Força Aérea Brasileira.

Segundo o que foi divulgado na época, o edital abrangia o serviço de bordo e refeições como café da manhã, lanche, almoço e jantar a equipe a bordo de aeronaves da FAB durante as viagens do ministro a trabalho. 

A assessoria do MEC argumentou, na ocasião, que “o pedido para alimentação durante os voos da FAB tramitava no Ministério da Educação desde 2014, na área administrativa, que deu continuidade ao processo sem o conhecimento do ministro Mendonça Filho". 

 

 

 

 

 

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