Camaragibe: vice diz que Meira tomou “atitudes insanas”

Nadegi Queiroz, em seu Facebook, oficializou a entrega de seu cargo como secretária de Saúde e fez diversas criticas ao prefeito Meira

por Taciana Carvalho ter, 24/01/2017 - 18:44
Reprodução/Facebook Reprodução/Facebook

Em carta publicada no seu Facebook, a vice-prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz, informou o rompimento político com o prefeito do município, Demóstenes Meira, e anunciou a entrega do seu cargo como secretária de Saúde e de toda a equipe técnica, que não ainda não foi nomeada pelo prefeito, segundo ela informou. 

Nadegi disparou críticas contra Meira e definiu como “atitudes insanas” o fechamento do Hospital Aristeu Chaves. “E entregar a chave ao antigo dono, perdendo um investimento de mais de 18 milhões de reais e deixando a população sem um hospital, já que a intenção do prefeito depois de eleito é privatizá-lo, assim como também manter a maternidade fechada”, disse. 

“Também não concordo com o cancelamento de todos os contratos dos profissionais do Programa Saúde da Família (PSF) e o fechamento de todas as unidades, como o mesmo quer fazer para reduzir gastos. Acordei com o Sindicato dos Médicos, Conselho Municipal de Saúde e com o Ministério Público que iríamos organizar os vínculos empregatícios no município, mas não foi aceito pelo atual gestor. A Saúde é uma garantia constitucional, é um investimento, é obrigação do município para com a população e não um gasto, o gestor público que pensa dessa forma não é digno de sentar na cadeira de prefeito”, acrescentou.

A vice disse que tem uma trajetória digna e que não pode compactuar com essas atitudes. “Por isso, amigos, decidi não mais fazer parte desta gestão, que em menos de vinte dias, criou um colapso na cidade por atitudes impensadas e egoístas do atual gestor, que não possui humildade para escutar a equipe e os anseios da população, além de não honrar com todos os compromissos políticos”, cravou. 

Ela ainda pediu desculpas por não ter ido além e que sabe que será alva de acusações. “E, quaisquer que sejam elas, terão que ser provadas perante da justiça dos homens. Para muitos sei que ao pedir exoneração do cargo de Secretária de Saúde pode parecer fraqueza, mas é impossível fazer uma boa gestão tendo que rebater as imposições do prefeito (...) como disse o atual prefeito no seu discurso de posse “primeiro ele, segundo ele e terceiro ele”. Não há espaço para uma “gestão participativa”. Não há espaço para ouvir a voz do povo deste município”, concluiu.

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