“Será que esse cara é amiguinho do ativismo gay?”

Em tom preconceituoso, Silas Malafaia fez o questionamento sobre a matéria do jornalista Aguirre Talento falando do indiciamento do pastor

por Taciana Carvalho sex, 24/02/2017 - 17:10
Lula Marques/Agência PT/Fotos Públicas Lula Marques/Agência PT/Fotos Públicas

Silas Malafaia foi, no mínimo, infeliz ao envolver o público LGBT para disparar críticas contra o jornalista da IstoÉ Aguirre Talento, que teria denunciado, nesta sexta-feira (24), que o pastor foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por lavagem de dinheiro e envolvimento em um esquema de corrupção ligado a royalties de mineração. Em vídeo gravado, Silas utilizou um tom preconceituoso. “Canalha. Será que esse cara é um esquerdopata? Amiguinho do ativismo gay? Ou um preconceituoso contra evangélicos?”, questionou. 

Malafaia disse que o jornalista tentou “requentar” uma matéria para desmoralizá-lo diante da opinião pública. “Como a revista IstoÉ permite que um vagabundo requente uma matéria? Ele envergonha o jornalismo. Olha bem onde chega o jornalismo inescrupuloso para tentar atingir a reputação das pessoas. Ele coloca um fato que aconteceu, no dia 16 de dezembro, pelo caso que eu teria recebido um cheque de R$ 100 mil”, continuou. 

O pastor da Assembleia de Deus utilizou inúmeros termos pejorativos se referindo à Aguirre. “Vagabundo, bandido, inescrupuloso, sem moral, mau-caráter, que tenta requentar uma notícia para me atingir. Eu não tenho bola de cristal para saber que alguém envolvido em corrupção vai me dar um cheque de oferta. Se fosse corrupção, garanto para você que eu não teria recebido o cheque, nem depositado na minha conta, porque eu não sou imbecil”.  

“Eu não estou envolvido em canalhice. Não tem nada contra mim e não vai dar em nada porque não tem nada a ver. Safadeza para denegrir eu não posso aceitar. Já mostrei a minha inocência. Estou indignado”, concluiu.

Malafaia é acusado na Operação Timóteo. O indiciamento se deu em 16 de dezembro – dia em que Malafaia foi alvo de condução coercitiva, quando uma pessoa é levada para depor. Segundo a PF, ele recebeu um cheque de R$ 100 mil de um dos escritórios investigados, que teria depositado em uma conta pessoal. 

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