Previdência: Temer pede "compreensão" dos brasileiros

O presidente Michel Temer (PMDB) disse, hoje, que caso a reforma não seja aprovada, os programas sociais e investimentos ficarão “ameaçados”

por Taciana Carvalho ter, 04/04/2017 - 17:08
Beto Barata/PR/Fotos Públicas Beto Barata/PR/Fotos Públicas

O presidente Michel Temer (PMDB) pediu, nesta terça-feira (4), a compreensão dos brasileiros em relação à reforma da Previdência. Ele afirmou que não queria “ditatoriamente impor esta ou aquela regra” e contou que a previsão é de que a reforma seja votada, no Congresso Nacional, até julho. “A reforma é um dever com todos os brasileiros e se não fizermos estará em risco os benefícios de quem já têm e dos jovens no futuro", disse. A declaração foi feita para um grupo de empresários, no Hotel Hyatt, na Zona Sul de São Paulo. 

O peemedebista também argumentou dizendo que, caso a reforma não seja aprovada, os programas sociais e investimentos ficarão ameaçados e que ela é  “vital para as contas do governo” salientando que a Previdência, hoje, causa um déficit de quase R$ 150 bilhões. "Queremos a compreensão da necessidade e até para combater inverdades”, pontuou. 

Temer ainda falou que “naturalmente” haverá uma ou outra adequação que será feita e que está em contato com o relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS). "Se for preciso, vamos fazer uma ou outra”, salientou referindo-se a possíveis adequações. 

“O déficit da Previdência é gigantesco. Negar a nossa realidade demográfica é recorrer à falsa contabilidade. A nossa realidade demográfica está mudando a olhos vistos. Nossos sistemas de privilégios precisam ser limados, a reforma é um dever que temos perante a todos os brasileiro”, acrescentou o presidente durante seu pronunciamento. 

Na última quinta-feira (3), uma declaração do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles causou polêmica. Ele chegou a dizer que a reforma previdênciária irá beneficiar os trabalhadores. "Na medida em que a reforma assegura o equilíbrio das contas públicas no futuro e o bom andamento do financiamento da dívida pública", justificou o ministro. 

COMENTÁRIOS dos leitores