Imbassahy minimiza clima de insatisfação no Congresso

Ministro da Secretaria de Governo disse haver "muita confiança" na aprovação da reforma da Previdência, um dos principais pontos da agenda econômica do presidente Michel Temer

sex, 07/04/2017 - 08:00
Antonio Cruz/Agência Brasil Imbassahy afirmou que as votações recentes que desagradaram ao governo são projetos com temas próprios de debate no Congresso Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, minimizou nessa quinta-feira (6) insatisfações na base aliada no Congresso e disse haver "muita confiança" na aprovação da reforma da Previdência, um dos principais pontos da agenda econômica do presidente Michel Temer.

Ao tentar destacar que a base está alinhada, Imbassahy afirmou que as votações recentes que desagradaram ao governo, como a que pode inviabilizar o serviço do Uber, são projetos com temas próprios de debate no Congresso. Interlocutores do presidente dizem que o texto aprovado nesta semana pelos deputados, se não for modificado pelo Senado, deve ter vetos de Temer.

Aliado do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), minimizou as dificuldades. "Até agora aprovou tudo", disse. Segundo ele, o projeto de recuperação fiscal dos Estados não foi votado na quarta-feira (5) porque a votação começou tarde e a obstrução da oposição estendeu muito a sessão. Para ele, mesmo a emenda da MP do Cartão Reforma e a PEC das universidades não foram derrotas. "Uma emenda o presidente veta e a PEC não era do governo."

Abandono

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Temer falou da relação com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e sua investida para se aproximar da bancada do partido. "Não me sinto abandonado, não. Nós já propusemos coisas dificílimas no Congresso Nacional que tiveram aprovação muito expressiva", disse, citando a PEC do Teto.

"Quando nós resolvemos cortar na própria carne, ou seja, estabelecer um teto para os gastos públicos, isso é uma emenda à Constituição que demandava 308 votos, nós tivemos 366 votos na Câmara dos Deputados, e tivemos igual porcentagem no Senado Federal", disse o presidente. "Nós temos tido o apoio fechado do Congresso." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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