Odebrecht: senadora Grazziotin diz que não é corrupta

Vanessa Grazziotin e o seu marido Eron Bezerra estão na lista da Odebrecht pelo suposto recebimento de valores durante campanha dela, em 2012

por Taciana Carvalho qua, 19/04/2017 - 18:40
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A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) se pronunciou, nesta quarta-feira (19), pela primeira vez, no plenário da Casa, sobre o seu nome que aparece na lista de Fachin. Ela e o seu marido Eron Bezerra serão investigados pelo suposto recebimento de valores da empreiteira durante sua campanha eleitoral, no ano de 2012, sem registrar os valores oficialmente. 

Na tribuna, Grazziotin disse que não é citada em nenhum caso de corrupção. “A solicitação aberta diz respeito a questões eleitorais. Eu não sou citada em nenhum caso de corrupção. A Odebrecht se aproximou e nós nos aproximamos porque queríamos investir em uma política jovem e promissora, mas para os telejornais eu apareço como mais uma daquelas que pratica corrupção”, contou. 

A parlamentar declarou que o sentimento é de dor. “Disposição eu nunca perco, coragem eu nunca perco, enfrentar eu enfrento porque todos nós enfrentamos, agora vossas excelências não sabem o tamanho da dor que nós sentimos, do tanto que isso nos machuca. Der ver toda uma vida de luta, de privações, inclusive do convívio com a própria família. Repito a investigação solicitada em relação a mim não diz respeito à corrupção, mas nos telejornais estou sendo colocada como se tivesse cometido corrupção. É lamentável”, salientou. 

Vanessa Grazziotin também defendeu o seu marido ressaltando que ele “jamais pediria contribuição por meio de Caixa 2”. Eron, segundo o inquérito, teria participado de reunião envolvendo o recebimento dos valores, de acordo com o inquérito. 

“Lamento que isso esteja acontecendo e por isso digo que faço questão de depor não uma vez, depor quantas vezes forem necessárias. Faço questão de contribuir e de ajudar na busca de provas. O que não vou permitir que aconteça é que essa investigação permaneça. É a pior coisa que pode acontecer na vida de uma pessoa, sobretudo uma pessoa pública porque o que está sendo questionado é a minha dignidade e a minha honestidade e eu quero ter a oportunidade de comprovar como farei, de que não cometi nenhum ato de ilegalidade”, finalizou.

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