Senador diz que reforma trabalhista irá retomar empregos

Fernando Bezerra (PSB) afirmou, na tribuna do Senado, que a reforma não retira direitos e que os parlamentares não podem se “amedrontar” diante do tema que divide opiniões

por Taciana Carvalho qua, 03/05/2017 - 18:35
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A favor da reforma trabalhista, nesta quarta-feira (3), o senador Fernando Bezerra (PSB) utilizou a Tribuna para defender a proposta do governo Temer, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada e que seguiu para o Senado Federal. O socialista disse que a população brasileira espera que se possa discutir o assunto com equilíbrio, mas afirmou que o debate não pode ser protelado. Em seu discurso, o senador falou sobre a taxa de desemprego no país e que, por isso, era preciso “promover transformações que o Brasil precisa neste momento”.

Bezerra acredita que a reforma “dará a possibilidade de retomar os empregos, abrindo novos postos de trabalho”. “São reformas necessárias e que modernizarão a nossa CLT, que não contempla relações laborais que são comuns, como o trabalho intermitente (por dia ou hora de serviço), o trabalho em casa (home office) e jornadas de trabalhos de até 12 horas por dia, comuns em empresas de vigilância e hospitais, por exemplo. O projeto vem para regulamentar essas práticas”, justificou. 

Ele afirmou que a reforma não retira os principais direitos dos trabalhadores como o salário mínimo, o FGTS, férias e aviso prévio. “A meu ver, apenas se oferece uma maior facilidade na negociação das questões do dia a dia do trabalho. Sabemos que mudanças não são fáceis e que assustam, mas é preciso uma análise profunda dos fatos e das mudanças propostas”. “Não podemos nos furtar a, simplesmente, dizer não às reformas que julgamos serem necessárias e inadiáveis. Cabe ao parlamento legislar sobre a matéria, sem discussões radicalizadas por paixões ideológicas ou partidárias tendo como objetivo a tentativa do equilíbrio e da clareza para a solução dos vários problemas que enfrentamos no nosso país”, continuou a defender. 

O parlamentar ainda citou a reforma trabalhista aprovada na França. “Temos essa oportunidade e não podemos nos amedrontar, como ocorreu na França, em que a Reforma Trabalhista necessária para destravar a economia francesa foi aprovada por decreto em 2014 (...) O que a França nos ensina com os fatos que marcam as suas eleições presidenciais? Que na hora de grave crise econômica e social é preciso ter clareza e determinação para propor saídas para a crise. Sem receios de projeções eleitorais futuras e incertas. Os partidos tradicionais ficaram de fora do segundo turno na França. Esses mesmos que se recusaram a apreciar as reformas no Parlamento Francês”, concluiu. 

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