Polêmica com Temer abala agenda de reformas do governo

A oposição já afirmou que irá obstruir as votações, nas comissões e nos plenários, para pressionar a renúncia de Temer. Governo quer manter a normalidade

por Dulce Mesquita qui, 18/05/2017 - 12:00

A polêmica envolvendo o presidente Michel Temer abala a agenda de reformas do governo. Embora o Planalto queira manter o clima de normalidade, nos bastidores do Congresso já se fala em parar a tramitação até que a crise seja dissolvida.

“As reformas serão votadas porque é uma prioridade do país. A questão é focar na recuperação do Brasil”, salientou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), pediu maturidade ao Congresso diante das denúncias. "São duas agendas diferentes, a agenda das investigações e a agenda econômica do Brasil. E o Congresso Nacional terá de ter a maturidade e a serenidade para avaliar elas de formas diferentes. Caminhando com importância de forma paralela", disse.

O governo tem articulado as reformas para garantir a aprovação, mas até agora o texto da previdência não foi à votação em plenário porque o Planalto ainda não tem certeza se terá os 308 votos necessários para aprovar a PEC. A oposição já afirmou que irá obstruir as votações, nas comissões e nos plenários, para pressionar a renúncia de Temer.

“Não tem a menor condição de um governo como esse, avariado, conduzir as reformas que prejudicam os trabalhadores”, sustentou o deputado Paulinho da Força (SD-SP). Na noite dessa quarta (17), a  deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) afirmou que a Câmara não poderia votar MPs “editadas por um governo desmoralizado por toda a mídia”.

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