"Não temo delação porque não fiz nada de errado"

O senador petista Lindbergh Farias, que desembarcou no Recife nesta sexta (19), também disse que há provas contra Aécio e Temer, mas que não existe contra o ex-presidente Lula

por Taciana Carvalho sex, 19/05/2017 - 21:37
Taciana Carvalho/LeiaJáImagens Senador deu entrevista exclusiva ao LeiaJá Taciana Carvalho/LeiaJáImagens

Em entrevista exclusiva concedida ao LeiaJá, na noite desta sexta-feira (19), o senador Lindbergh Farias (PT) respondeu se teme ter o seu nome envolvido em alguma delação premiada. O petista já foi investigado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação da Lava Jato. "Não temo nenhuma delação porque eu não fiz nada de errado. Quem teme é quem fez errado", cravou.

O petista, que desembarcou no Recife para participar do 6 Congresso estadual do PT, defendeu mais uma vez Lula, afirmando que não há provas contra o ex-presidente, mas que existem as que envolvem o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB). "O país tem que ser passado a limpo, agora com provas. No caso de Aecio e Temer apareceram provas. No caso de Lula, não", defendeu.

Lindbergh, assim como o senador Humberto Costa (PT), está preocupado com a uma possível eleição indireta, caso Temer saia do poder. "Nenhum presidente vai ter legitimidade sendo escolhido só pelo Congresso Nacional. O país está numa crise gigantesca e é fundamental que o presidente seja eleito pelo voto popular. Nós vamos ter o nosso candidato, eles também e quem ganhar sai com o apoio para tirar o país da crise. O povo brasileiro não vai aceitar uma eleição indireta", avisou. 

O parlamentar, ao falar sobre o PT, disse que a sigla está preparada para enfrentar toda a conjuntura atual e que está convencido de que os brasileiros estão cientes do "golpe" que aconteceu "para retirar direitos".

Lindbergh ainda afirmou que foi o partido que deu a oportunidade de incluir os menos favorecidos na sociedade. "No nosso governo [do PT] houve um grande processo de inclusão social.  Eles não aceitam isso", ressaltou.

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