Parte da população ainda aceita corrupção, diz procurador

Cristiano Pimentel, que é procurador-geral do MPCO-PE, defendeu que movimentos e grupos da sociedade se mobilizem mais para conscientizar a sociedade contra a prática

por Giselly Santos sab, 11/11/2017 - 17:06
Giselly Santos/LeiaJáImagens Cristiano salientou que não é entusiasta de perseguição ou do endeusamento de procuradores Giselly Santos/LeiaJáImagens

O procurador-geral do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO-PE), Cristiano Pimentel afirmou, neste sábado (11), que apesar dos investimentos dos órgãos de controle e das polícias para investigar e punir políticos corruptos no país, ainda existe uma parcela da população que compactua com a corrupção.

Ao tratar do assunto durante um dos debates da Virada Política, que aconteceu na Faculdade de Direito do Recife, Pimentel defendeu que movimentos e grupos da sociedade que apoiam iniciativas como a Lava Jato se mobilizem mais para conscientizar a sociedade como um todo.

“A Lava Jato mudou o país, não no sentido de acabar com a corrupção que é grande e vai durar muito tempo ainda no país, mas acabou com o sentido de impunidade. Entretanto, não adianta a Lava Jato mudar o cenário se a população não mudar a consciência. Existe ainda uma parcela da população que apoia, aceita e compactua com a corrupção”, declarou.

Sob a ótica do procurador do MPCO, que integra o Tribunal de Contas do Estado (TCE), “a parcela da população que não compactua com a corrupção está muito passiva”.  “Precisamos despertar a consciência dos que ainda aderem a práticas de corrupção, principalmente com a venda de votos”, disse.

Cristiano Pimentel ainda salientou que não é “entusiasta de perseguição ou do endeusamento de procuradores”, mas “antes de operações como a Lava Jato era impensável ter um senador preso durante o mandato, como foi o caso de Delcídio do Amaral; um ex-presidente da Câmara em regime fechado, como Eduardo Cunha”.

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