“Ocupar sempre será um direito”, diz Dani Portela

A candidata a governadora de Pernambuco pelo PSOL falou durante ato que se morar é privilégio, as ocupações promovidas pelo MTST são um direito

por Taciana Carvalho qui, 17/05/2018 - 17:26
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candidata a governadora de Pernambuco pelo Psol, Dani Portela, também participou de um debate sobre a “criminalização” dos movimentos durante agenda com o pré-candidato a presidente do Brasil Guilherme Boulos (PSOL). Durante discussão que ocorreu, na noite dessa quarta-feira (16), dentro da “Ocupação Marielle Franco”, Portela defendeu um tema polêmico: a ocupação que o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizou no prédio localizado na Praça da Independência, bem como outros. 

A pré-candidata contou detalhes da madrugada em que o prédio foi ocupado. “Sou professora e advogada e fui chamada para auxiliar no jurídico, caso fosse necessário, como eu já fiz como advogada popular em várias outras ocupações. Eu passei a madrugada aqui e, na madrugada, a gente ficava de fora caso acontecesse alguma coisa”, disse. 

“Mas quando o pessoal começou a entrar nesse prédio, alguns vidros quebrados, tinham muitas crianças, inclusive, um bebê de dois meses. “Eu não consegui ficar fora só no papel de advogada. Peguei as crianças no colo e entrei porque a gente precisa compreender que o sonho de cada um aqui ele tem que ser representado e que a luta de vocês também é a nossa luta. Então, se a gente não tem a capacidade de se colocar no lugar do outro, no lugar onde morar é privilégio, ocupar sempre vai ser um direito”, complementou. 

Durante o evento, a psolista também falou que o movimento do PSOL, com outros apoiadores, está crescendo. “Chegou o nosso momento de participação, de dar voz a quem foi silenciado ao longo da história. O nosso momento chegou e é agora”.

Dani Portela ainda lembrou que a chapa majoritária do PSOL é composto por mulheres e que isso tem ocasionado reações diversas. “Você começa a sentir na pele o que esse senso comum traz para a questão de ocupar a política, de ter mais mulheres participando”, pontuou reforçando a importância de uma construção heterogênea, plural, participativa e, acima de tudo, horizontal. 

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