Vereadores são afastados por suspeita de crime de peculato

Cinco parlamentares da Câmara do Cabo de Santo Agostinho, segundo investigação da Polícia Civil, são apontados como membros de uma organização criminosa que operava a partir de um esquema de funcionários fantasmas

por Giselly Santos qua, 19/09/2018 - 12:00
Reprodução/Street View/Google Esta foi a primeira fase da investigação que iniciou em março de 2017 Reprodução/Street View/Google

Vereadores do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foram afastados das funções legislativas, nesta quarta-feira (19), após serem alvos de uma operação da Polícia Civil que investiga o envolvimento deles em um esquema de desvio de verbas a partir da manutenção de funcionários fantasmas na Câmara Municipal. 

Os parlamentares investigados são Mário Anderson da Silva Barreto (PSB), também conhecido como Anderson Bocão, que é presidente da Casa; Neemias José (PV), Gessé Oliveira (PR), Amaro Honorato (PRP), conhecido como Amaro do Sindicato, e Ezequiel Manoel (PT), vice-presidente da Câmara.

A operação que recebeu o nome de “Ghost”, que significa fantasma em inglês, apura os crimes de associação criminosa e peculato, quando o cargo público é utilizado para obter algum tipo de vantagem. 

De acordo com o Gerente Operacional da Delegacias Especializadas da PCPE, delegado Nelson Souto, foram realizados 13 mandados de busca e apreensão na sede da Câmara dos Vereadores do Cabo e nos endereços dos políticos e servidores investigados. Ainda segundo ele, foi coletada uma “farta” quantia de material que será analisado. 

Esta foi a primeira fase da investigação que iniciou em março de 2017. Nenhum dos investigados foi preso. "Precisamos saber a participação de cada vereador e de funcionário comissionado nesse crime para poder determinar a punição individualizada", afirmou o delegado Nelson Souto. 

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