Deputado ataca nomeação de presidente da Fundação Palmares
João Paulo frisa que Sérgio Camargo "nega a existência de racismo no Brasil e diz que a escravidão foi benéfica para os negros"
A nomeação do jornalista Sérgio Camargo para a presidência da Fundação Palmares foi criticada pelo deputado João Paulo (PCdoB), na Reunião Plenária desta quinta (28). “Ele nega a existência de racismo no Brasil e diz que a escravidão foi benéfica para os negros. Com essa postura, o Governo Federal trata o combate ao preconceito como se fosse uma pauta da esquerda, e não uma política de Estado, alicerçada em tratados internacionais”, considerou.
Vinculada ao Ministério da Cidadania, a entidade tem a finalidade de promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira. Em postagens nas redes sociais, o novo presidente da Fundação Palmares criticou manifestações culturais ligadas ao segmento e atacou personalidades negras, como os atores Taís Araújo e Lázaro Ramos, além do sambista Martinho da Vila.
“O Brasil teve um grande avanço nas políticas para o setor nos governos de Lula e Dilma. Mas as ações de combate ao racismo estão seriamente ameaçadas por Bolsonaro, que classifica medidas afirmativas como ‘coitadismo’”, opinou João Paulo. O parlamentar também criticou a ministra da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos, Damares Alves: “Ela comanda uma pasta que é nominalmente dos direitos humanos, mas, na prática, o assunto não entra na pauta deste governo, que trata a questão como ideologia do inimigo”, avaliou.
*Da Alepe