Homem é preso após reclamar de cozinhar para Bolsonaro

O homem trabalha como cozinheiro em um hotel que receberia o presidente na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Após o episódio, o jantar foi cancelado

sab, 10/07/2021 - 13:33
Marcos Corrêa/PR O presidente Jair Bolsonaro Marcos Corrêa/PR

Um homem que trabalha como cozinheiro no Hotel & Spa do Vinho, na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, foi preso na última quinta-feira (8) após reclamar em suas redes sociais que cozinharia para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O chefe do Executivo era esperado para se hospedar no local, mas o evento foi cancelado.

“Vou cozinhar para esse diabo ainda, que raiva”, disse Eduardo Lazzari em seu perfil pessoal no Facebook. A frase rapidamente ganhou as redes sociais e repercutiu negativamente entre os apoiadores do presidente. Segundo o portal Metrópoles, o cozinheiro chegou a ser detido e em seguida foi liberado. 

Ainda segundo o Metrópoles, Lazzari foi suspenso do trabalho por três dias. Ele publicou uma nota de desculpas, mas em seguida desativou as redes sociais. O caso também foi abordado pelo deputado bolsonarista Bibo Nunes (PSL-RS), que falou sobre o assunto em suas redes sociais e também no plenário da Câmara. Segundo ele, o presidente teria sofrido uma “ameaça de morte” por parte do cozinheiro.

“Vejam só o que recebi de uma colega jornalista — está tudo comprovado, inclusive os perfis de quem opina —: Eduardo Lazzari, que deve ser o cozinheiro do Presidente em Bento Gonçalves, diz na rede “Vou ter que cozinhar para esse diabo ainda, que raiva”. É isso o que diz o cozinheiro que está escalado para cozinhar para o presidente da república”, disse Bibo Nunes em plenário.

O parlamentar pediu que a população denuncie mensagens do tipo contra políticos. “Se isso é brincadeira ou não, não sei. Ninguém está aqui para facilitar, ainda mais no caso de um Presidente que foi esfaqueado covardemente. Denunciem ataques, não só os a Bolsonaro, mas também os a Lula, a Ciro, a qualquer parlamentar. Não podemos permitir que as redes sociais propaguem esse tipo de tentativa de crime”, declarou

 

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