Cunha volta ao Twitter para criticar veto de Bolsonaro

O ex-presidente da Câmara condenado por corrupção largou os comentários sobre futebol para defender o projeto que facilitaria o tratamento de pacientes com câncer

qua, 28/07/2021 - 10:12
Fábio Pozzebom/Agência Brasil Eduardo Cunha (MDB-RJ) nos tempos como presidente da Câmara dos Deputados Fábio Pozzebom/Agência Brasil

Distante do cenário político desde que foi condenado duas vezes no âmbito da Operação Lava Jato em 2016, o ex-presidente da Câmara responsável por instaurar processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), Eduardo Cunha (MDB-RJ), lamentou o veto do presidente Jair Bolsonaro ao PL 6330/19. O Projeto de Lei obrigava planos de saúde a fornecerem medicamentos para tratamento domiciliar de pacientes com câncer.

Após passar por presídios em Curitiba e no Rio de Janeiro, ter o mandato cassado e perder a aposentadoria na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pelos crimes de improbidade administrativa, corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, as publicações recentes de Cunha no Twitter se restringiam a torcer pelo Flamengo e comentários sobre futebol.

Para a surpresa dos que sentiam falta dos posicionamentos críticos do ex-líder da bancada evangélica, na manhã desta quarta-feira (28), ele se mostrou contra a postura do Governo Federal ao projeto.

 

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Mesmo inelegível até 2027, Cunha voltou à cena para afirmar que a falta dos remédios para os pacientes oncológicos vai aumentar os custos dos próprios planos de saúde.

"Espero que o Congresso derrube esse veto. As motivações desse veto não são corretas. Os doentes de câncer sem os remédios, certamente vão acabar demandando hospitalização, que aumentará os custos dos próprios planos de saúde", calculou.

Crente em uma autocrítica do Executivo, ele lamentou que a proposta partiu do Senado após ser engavetada na Câmara, mas acredita que o Governo “vai apoiar a derrubada do próprio veto ao acrescentar: “eles foram levados ao erro”.

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