Brasil cai duas posições e piora em percepção de corrupção
País ocupou o 96º lugar no ranking mundial da corrupção. Neste levantamento, quanto mais distante do 1º lugar, mais o país é visto como corrupto
O Brasil está mais uma vez abaixo da média global do Índice de Percepção da Corrupção (IPC) feito pela Transparência Internacional. O relatório divulgado nesta terça-feira (25) mostra que o país caiu da 94ª posição para a 96ª. Neste ranking, quanto mais perto do primeiro lugar, menos corrupto um país é considerado e mais ele pontua no IPC, como é o caso da Dinamarca, líder da lista, com 88 pontos. O Brasil, por outro lado, acumulou 38 pontos e sequer passou a marca média do globo, que é de 43.
De acordo com o levantamento, foi considerada, com ênfase, a relação entre corrupção e ferimento dos direitos humanos. “Os dados do IPC mostram que o país está estagnado, sem ter feito avanços significativos para enfrentar o problema no período. Por outro lado, o desmonte institucional e a inação do governo no combate à corrupção podem levar a notas ainda piores nos próximos anos”, diz a organização.
O desempenho brasileiro também ficou abaixo da média dos BRICS (39 pontos), da média regional para a América Latina e o Caribe (41 pontos) e ainda mais distante da média dos países do G20 (54 pontos) e da OCDE (66 pontos). Em 2020, estava na 94ª posição, apesar da mesma pontuação; a nova queda foi influenciada pela melhora de países em posições próximas. A melhor nota do Brasil foi alcançada entre 2013 e 2014, mostrando 43 pontos na escala de zero a 100.
“No relatório Retrospectiva 2021, a Transparência Internacional – Brasil documenta os principais acontecimentos do ano, com destaques positivos e negativos sobre o governo federal, o Congresso Nacional, o Poder Judiciário, a PGR e o Ministério Público e sobre o espaço democrático do país”, aponta, ainda, o relatório.
Na lista, são consideradas 180 nações. O Brasil está abaixo de países como Vietnam, Cuba e China, e empatado com a Argentina, Indonésia, Lesoto, Sérvia e Turquia. O último país do ranking é o Sudão do Sul, na posição 180º.