PE: MPF denuncia desvio de verbas do Ministério do Turismo

O Ministério Público Federal (MPF) identificou a participação de um ex-deputado e outras oito pessoas no suposto esquema em torno de eventos no interior de Pernambuco

ter, 12/04/2022 - 12:28
Pixabay Cédulas de cinquenta reais Pixabay

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco denunciou nove pessoas, entre elas um ex-deputado federal, pelo desvio de verbas do Ministério do Turismo para a realização de dois eventos na Zona da Mata. Uma empresa que agenciava as atrações, familiares do ex-parlamentar e um ex-servidor da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) estão entre os envolvidos.

A denúncia aponta que o ex-parlamentar solicitou R$ 600 mil à pasta, em 2010, para custear o ‘Festival da Juventude’ em Jaqueira, na Mata Sul, e o ‘Abraça Aliança’, no município homônimo na Mata Norte. Contudo, a suspeita é que o dinheiro tenha sido desviado através de contratos superfaturados com a empresa que agenciava as atrações contratadas para os eventos.

Com os valores atualizados até dezembro de 2021, o prejuízo do sobrepreço dos cachês identificados pelo MPF e pelo Tribunal de Contas da União (TCU) alcança R$ 900 mil aos cofres públicos.

O MPF não revelou quem é o ex-parlamentar denunciado, mas observou que parte do dinheiro foi transferido para contas bancárias de um irmão e de uma prima dele, que sacava as quantias na boca dos caixas eletrônicos e também são alvos da denúncia.

A verba seria direcionada ao Centro de Profissionais e Geração de Emprego (Ceproge), administrado por dois dos denunciados, o então presidente Diógenes Teixeira Peixoto, conforme o TCU, e um integrante do conselho fiscal.

A entidade ainda apresentou uma declaração emitida pela Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) com participação de um ex-servidor comissionado que intermediava a aplicação dos recursos federais.

O representante da empresa Neto e Mendonça Eventos Ltda. e os responsáveis por outras duas empresas que participaram do suposto esquema com a cotação de preços ainda maiores para direcionar a contratação também foram apontados pelo MPF.

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