Em pré-campanha, Lula tem equipe de segurança reforçada

Além de possuir um time de segurança fornecido pelo GSI, o ex-presidente também é figura central no esquema elaborado pela PF para proteger presidenciáveis

por Vitória Silva qua, 01/06/2022 - 10:33
Divulgação/Ricardo Stuckert/Flickr Lula, ex-presidente da República e candidato à Presidência Divulgação/Ricardo Stuckert/Flickr

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve seu esquema de segurança reforçado, antes mesmo da Polícia Federal iniciar a ação de proteção aos pré-candidatos à Presidência da República, de acordo com a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Por ser ex-presidente, o petista tem direito a um time de segurança fornecido pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), do Palácio do Planalto.

Para as Eleições 2022, a PF tem um esquema que custa R$ 57 milhões e deve escalar mais de 300 policiais federais para atuar na segurança dos presidenciáveis.   

A equipe do GSI intensificou o acompanhamento a Lula após episódios recentes de violência acerca do ex-presidente. Em Campinas (SP), manifestantes cercaram o carro do adversário de Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele se encaminhava para um almoço. No Paraná, um deputado o ameaçou de morte. Por causa dessas ameaças, a candidatura de Lula se tornou uma das mais vulneráveis do pleito. 

Seguranças evitam deixar Lula sozinho e apostam em estar sempre próximos do ex-chefe do Executivo. Deslocamentos longos são desaconselhados e até mesmo locais de gravação de material de campanha são escolhidos levando em consideração sua segurança. Em ato em Juiz de Fora, Minas Gerais, seguranças alertaram Lula sobre a localização do palco e sobre estar muito próximo ao público. Mesmo assim, o ex-presidente quis participar do ato. 

Em reunião nessa terça-feira (31) com os assessores dos principais candidatos, representantes da Polícia Federal expuseram os detalhes do esquema de segurança, que incluirá dezenas de carros blindados. A distribuição do efetivo será feita de acordo com uma escala de um (baixo risco) a cinco (maior risco), levando em consideração a projeção nacional do candidato, seu desempenho nas pesquisas, sua visibilidade e histórico de ameaças. Haverá também uma avaliação sobre o risco de cada evento, que levará em consideração o local e a quantidade de pessoas, por exemplo. 

A preocupação central é com eventos que aglomerem multidões, o que abre espaço para a ação de lobos solitários. "Lula não saiu da toca ainda (em termos de eventos de campanha), e o sentimento antipetista ainda é muito forte. Está todo mundo preocupado com a militância de extrema direita. (...) O discurso de extrema esquerda gerou um Adélio Bispo (que teria esfaqueado Bolsonaro na campanha presidencial de 2018). O discurso de extrema direita pode gerar outro Adélio”, disse uma fonte da Polícia Federal à Malu Gaspar. 

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