Gleisi diz que eleição se ganha no voto e não no 'golpe'

A presidente nacional do PT analisou as ações da PRF nas estradas do país

dom, 30/10/2022 - 18:35
Ricardo Stuckert Gleisi Hoffmann e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Ricardo Stuckert

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, confirmou, neste domingo (30), que pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a ampliação do horário de votação até as 19 horas em locais onde houve operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), como revelado pelo Broadcast Político. A jornalistas, a dirigente rebateu o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e afirmou que a Corte não pode assegurar que nenhum eleitor foi prejudicado pelas operações da corporação neste dia de eleição, à revelia da Justiça. "Espero sensibilidade para atender nosso pedido", afirmou.

Gleisi disse ter respeito pelo TSE e por Moraes e que ainda espera um retorno da Corte. A apuração dos votos, contudo, já começou em todo o País. "Ministro Alexandre de Moraes não tem como garantir que eleitores foram votar", avaliou a presidente do PT. "Meu temor é de eleitores terem voltado para casa sem votar", seguiu a dirigente. "Não tem como a gente achar que eleitores barrados nas operações conseguiram chegar às urnas. Os eleitores do Nordeste têm o direito de votar".

Para a líder do partido de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência da República, a PRF foi utilizada hoje para fins eleitorais, algo "criminoso" e de impacto difícil de ser quantificado. O episódio, defendeu Gleisi, é ruim para a imagem da PRF e deve ser investigado minuciosamente. "Eleição ganha no voto, não no golpe, no crime", declarou a presidente do PT, que lembrou o apoio público do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, à candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Não vi ninguém da campanha de Bolsonaro reclamando da operação da PRF", destacou Gleisi, que diz não confiar em informações da corporação. "Diretor-geral é militante da candidatura de Bolsonaro."

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