Damares emprega irmã de Michelle Bolsonaro em seu gabinete
Geovanna Kathleen ganhou um cargo comissionado no gabinete da senadora bolsonarista
Geovanna Kathleen, meia-irmã da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), ganhou um cargo comissionado no gabinete da senadora Damares Alves (PL-DF). Apesar de sua nomeação ter sido oficializada no Diário Oficial da União da última quinta-feira (14), o valor do salário de Geovanna não consta no Portal da Transparência. Sabe-se, porém, pela tabela do Senado, que ajudantes parlamentares plenos recebem R$ 4.094,27.
A jovem de 24 anos é filha de Maria das Graças Firmo Ferreira, mãe de Michelle, com Antônio Wilton Farias Lima. A ex-primeira-dama é filha de Maria com Vicente de Paulo Reinaldo. Além da nova funcionária do gabinete da senadora bolsonarista, Michelle tem outros três meios-irmãos.
Em 2021, quando Damares comandava o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, na gestão de Jair Bolsonaro (PL), Geovanna e outros seis parentes de Michelle receberam uma carona da ex-ministra em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB). As informações foram divulgadas pelo O Globo em outubro daquele ano.
O voo foi solicitado pela ex-ministra com a justificativa de ir a um evento do Pátria Voluntária, programa social que era coordenado pela ex-primeira-dama, que também estava no avião. As duas, entretanto, também participaram de uma festa no estado de São Paulo, do famoso maquiador Agustin Fernandez, que também pegou carona no retorno a capital federal no voo oficial de retorno.
Na época, o Ministério que era comandado por Damares se justificou dizendo que “todas as pessoas citadas na mensagem foram transportadas pela aeronave da FAB, nos trajetos de ida e volta, como voluntárias nas diversas vertentes do programa Pátria Voluntária”. Entretanto, respondendo a pedido feito por meio da Lei de Acesso sobre o papel de cada passageiro do voo no projeto, a Casa Civil disse que “dos nomes citados, faz parte do Programa Pátria Voluntária apenas a servidora Lílian Costa Cardoso”, uma das passageiras do voo. Naquele ano, o caso foi investigado pelo Ministério Público federal (MPF) por pedido do deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE).