Anatel evitará mudanças no leilão da frequência 4G

Agência negará qualquer pedido de mudança no edital para evitar atrasos

por Carlos S Silvio qua, 30/05/2012 - 15:01
Antonio Cruz/ABr João Rezende, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Antonio Cruz/ABr

João Rezende, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), afirmou no início da semana que o conselho diretor do orgão não aceitará pedidos de mudança de itens referentes ao leilão das faixas de frequência das tecnologias 4G, com início previsto para o dia 12 de junho.

Rezende justifica a ação, afirmando que caso seja acatada alguma mudança no edital, os prazos da licitação precisarão ser revistos, o que irá alterar o calendário do leilão, algo que não é a intenção da Anatel. "Nossa intenção é não haver qualquer tipo de prorrogação. É importante cumprir o calendário e abrir as propostas no dia 12", argumentou Rezende.

Pedidos formais de impugnação (contestação) do leilão, feito pelas empresas que irão concorrer já foram negados pela área técnica da agência e agora estão sob a análise do conselheiro Marcelo Bechara, sorteado para relatar a questão. De acordo com Rezende, o relatório deve ser votado na próxima reunião do conselho diretor, marcada para quinta-feira.

O presidente da Anatel acredita que o leilão terá uma boa disputa entre as operadoras, segundo ele, há uma corrida positiva das empresas para resolver pendências físicas com a Anatel, afim de ficarem aptas para participar do leilão. A expectativa da Anatel é arrecadar ao menos R$ 3,8 bilhões com o leilão se todos os lotes forem vendidos. O vencedor da licitação será aquele que oferecer o maior preço pela outorga de cada um deles.

Segundo cronograma do edital, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes terão cobertura 4G até 31 de dezembro de 2016. As cidades sedes da Copa das Confederações estarão cobertas por 4G até 30 de abril de 2013, enquanto as sedes e subsedes da Copa do Mundo terão o serviço até 31 de dezembro de 2014.

Expectativas

Quando implantadas no Brasil, o valor dos planos de internet 4G (banda larga móvel de alta velocidade) no Brasil custarão, no mínimo, o dobro do que as operadoras atualmente cobram pelo serviço de internet 3G. A justificativa para o aumento é o alto investimento que as mesmas deverão fazer para viabilizar as conexões mais rápidas em dispositivos móveis.

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