Conheça mais do tablet Microsoft Surface

A Microsoft não ignorou nenhum detalhe ao reconsiderar como um tablet deve ser, e o que o dispositivo deve fazer

IDG Nowpor Carlos S Silvio qui, 21/06/2012 - 00:00
Divulgação Apoio é firme, e permite colocar o tablet em pé sobre a mesa sem a necessidade de um case Divulgação

O anúncio do tablet Microsoft Surface gerou um burburinho como nenhum outro produto recente da empresa. Mas a grande pergunta é: ele atende às expectativas? De forma sucinta, a resposta é um sim. Após o evento, os participantes puderam ter um breve encontro com o Surface. Vi o aparelho de perto, e baseado no tempo e uso limitado que fiz dele fiquei muito impressionada com o que vi.

A Microsoft prestou muita atenção aos detalhes. Este tablet é um dos poucos com uma porta USB “full size”, como as de um PC. A versão Windows RT do Surface (com processador ARM) tem interface USB 2.0, enquanto a versão Windows 8 Professional (com um processador Intel Core i5) tem uma interface USB 3.0. A diferença é porque o chipset que acompanha o processador da Intel já traz suporte integrado ao novo padrão, que permite a transferência de dados entre o tablet e acessórios de forma muito mais rápida.

O apoio integrado à estrutura do tablet é simplesmente brilhante, e pareceu bastante firme mesmo quando segurei o tablet por ele. Fiz isso quase que automaticamente, sem pensar no risco, e então notei que não tinha nada a temer: o apoio é firme como uma rocha.

O gabinete do tablet tem uma textura sedosa e é excepcionalmente sólido, mesmo nos protótipos que foram mostrados. A superfície exterior, feita de uma liga de magnésio, tem um acabamento refinado. Preferiria que o tablet fosse um pouco mais fino (são 9,3 mm de espessura na versão Windows RT, 13,5mm na versão Pro), mas os lados angulados (num ângulo de 22º, a Microsoft faz questão de frisar) o tornam bastante confortável de segurar. O tablet me pareceu extremamente bem equilibrado quando o segurei, tanto em uma mão quanto com ambas. Certamente não pareceu ter o peso informado pela Microsoft (700 gramas na versão Windows RT, 900 na versão Pro).

De longe

As unidades de demonstração mostradas em Los Angeles estavam rodando o Windows RT, mas quando tive meu breve momento com o aparelho ele não estava ligado. A Microsoft não nos deixou chegar perto dos que estavam ligados e mostrando demos na tela, então não pude avaliar como texto fica quando visto de perto. Com isso é impossível dizer como a tela (10.6”, 1366x768 pixels no modelo Windows RT, 1920x1080 pixels no modelo Pro) se compara à tela Retina do iPad de terceira geração, ou à tela de 1920x1200 pixels do Acer Iconia Tab A700. Ainda assim, o que vi de longe me impressionou, e estou ansiosa para ver mais.

Os benefícios de fundir a matriz LCD ao vidro que a recobre são óbvios. O processo ainda é caro, e é por isso que não o vemos em outros tablets tão frequentemente como gostaríamos. Mas sua inclusão no Surface me deixa preocupada com a possibilidade de que estes tablets irão custar mais do que os modelos mais populares. Mas não há como questionar os benefícios do processo de fusão: o texto fica mais nítido, os reflexos são reduzidos e o contraste é melhorado. E o Surface for Windows RT mostrou bem todos estes benefícios, mesmo sob os refletores no local do evento.

As capas

A Type Cover e a Touch Cover são um passo além das “docks” com teclado de tablets como a família Transformer da ASUS, ou as Lapdocks dos smartphones Motorola. Nestes, a dock é um componente físico que transforma o aparelho em uma espécie de notebook. Mas as capas do Surface são o tipo de teclado com o qual você sempre sonhou: são versáteis, leves, funcionais e realmente ajudam na produtividade.

A Type Cover tem um teclado mecânico e um trackpad multitoque com botões reais. Meus dedos literalmente voaram sobre as teclas, com a mesma eficiência que eu teria se estivesse digitando em um notebook. A Touch Cover vem em cores brilhantes e alegres, além de uma versão mais sóbria em preto, e tem teclas planas sensíveis à pressão. Também é capaz de saber quando você está digitando: um acelerômetro integrado detecta quando a capa está dobrada atrás do tablet e desativa o teclado, para que você não digite nada acidentalmente enquanto lê um artigo ou navega na web. Não pude experimentar uma Touch Cover ligada ao tablet, mas estou interessada em descobrir quão bem ela se sai quando for lançada. Ambas as opções tornam o Surface um aparelho compacto e eficiente.

Não fomos informados se as capas consomem energia da bateria do tablet, mas supomos que sim. A Touch Cover é finíssima, apenas 3 mm de espessura, e se prende ao tablet firmemente graças a imãs e componentes que se alinham para mantê-la no lugar. Ela parece mais segura que a Smart Cover da Apple, que pode sair do lugar facilmente.

Meu tempo com o Microsoft Surface foi limitado, mas ele causou uma ótima primeira impressão. A Microsoft está mandando um recado aos outros fabricantes de tablets, e será interessante ver como a concorrência irá responder.

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