Professores da UFPE realizam paralisação

O movimento é nacional e eles revindicam reajuste salarial

por Alexandra Gappo qua, 25/04/2012 - 12:18

Professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aderiram ao movimento nacional e decidiram cruzar os braços nesta quarta-feira (25). Do início da manhã até às 11h, quando uma comissão foi recebida pelo vice-reitor, Sílvio Romero de Barros, eles distribuíram adesivos em alusão ao movimento a motoristas de veículos particulares, na entrada do campus, em busca de apoio de estudantes e servidores da instituição. A reunião durou pouco mais de meia hora, mas foi considerada apenas um ato simbólico, sem resultados concretos já que a mobilização é nacional e as decisões não dependem isoladamente do Estado de Pernambuco.

Eles protestam pelo não cumprimento de decisão firmada em agosto de 2011 entre a categoria e o Governo Federal. O acordo, se transformou num projeto de lei e ainda aguarda votação na Câmara dos Deputados. Os docentes reivindicam definição da data-base para o cumprimento do acordo de reajuste de 4%, para 1º de maio, referente a demanda do ano passado, e mais 22% para 2012. Eles querem ainda,  política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações, paridade e integralidade entre ativos, aposentados e pensionistas, reajuste dos benefícios.

Ao todo, participam da mobilização 11 universidades de todo o Brasil. O vice-presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), José Luiz Simões afirma que uma boa parte dos 2.360 profissionais da Universidade aderiu ao movimento e que vários centros da instituição, como o de Educação, e também o de  Saúde estão sem aula. Simões explica ainda que “há 20 meses a categoria não recebe reajuste". O diretor do Centro de Educação da UFPE, Daniel Rodrigues, ressalta que o movimento "é para mostrar as condições de trabalho que estamos tendo. Estamos realizando um ato de dignidade”

A princípio, estudantes dizem apoiar o movimento, mas lamentam a possibilidade de ficarem sem aulas. È o caso do aluno do curso de Educação Física, Igor Rodrigues, que passava hoje pela manhã no Campus. “Eu apoio, acho justo o reajuste, mas se houver greve irá atrasar vários cursos”, declara o estudante. De acordo com a assessoria da Adufepe, alguns professores do Centro de Artes e Comunicação decidiram dar aula nesta quarta-feira (25), apesar da mobilização nacional.

De acordo com a Adurfepe, outras instituições como a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), estão com apenas 2/3 dos professores em sala.

Greve- A categoria irá realizar a partir do dia 10 de maio uma série de assembléias para escolher representantes que se dirigirão a Brasilia, onde haverá uma votação com professores de várias instituições do Brasil para decidir se haverá ou não greve nacional dos docentes.

































































































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