Zootecnistas: os profissionais da produção

A área da pesquisa científica é uma das mais exploradas pelo curso

qua, 09/05/2012 - 08:21
Samara Loppes/LeiaJá Imagens A estudante Raíssa Camila cursa o 4º período no Campus Recife Samara Loppes/LeiaJá Imagens

Você já pensou em conhecer todo o processo feito nos alimentos de origem animal que chegam à sua casa? Pois é este e outros processos que envolvem a produção para fins alimentícios que são abordados no curso de zootecnia. A graduação forma profissionais responsáveis por todo o procedimento, que envolve desde o nascimento, manejo até o abate dos animais para a produção industrial.

O curso aborda questões como o desenvolvimento de pesquisas sobre reprodução, nutrição, desenvolvimento genético e maneiras de prevenir doenças que possam comprometer a saúde dos animais. Oferecido apenas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), nos Campi de Garanhuns, Recife e Serra Talhada, a graduação tem cinco anos de duração e envolve disciplinas do universo matemático, químico e biológico, como nas cadeiras de construções rurais, anatomia animal e bioquímica.

“Os profissionais podem ser administradores rurais nas fazendas, professores universitários, pesquisadores, além de poder trabalhar em todos os setores de indústrias alimentícias, que vão desde a produção até a comercialização dos alimentos”, afirma Severino Benone, professor da UFRPE.

Para a estudante Raíssa Camila, que cursa o 4º período no Campus Recife, a alternativa encontrada foi a de mergulhar na carreira acadêmica. Na universidade, ela desenvolve uma pesquisa científica sobre a composição do leite, em que ela pretende estudar sobre a substituição de feno de tifton (tipo de capim) por feno de maniçoba (planta nativa da caatinga), para baratear o custo da produção sem alterar sua qualidade. A opção de estudar a maniçoba como alternativa de alimento para os caprinos veio pela vasta quantidade da planta encontrada na região Nordeste.

Já Alessandro Soares (foto), do 2° período, que desenvolve uma pesquisa sobre genética animal, acrescenta que a UFRPE oferece todo o apoio aos alunos pesquisadores. “O importante durante o curso são as oportunidades que a Universidade oferece nas áreas de pesquisa, que em sua maioria, são bolsas remuneráveis em todos os processos”, comenta o estudante, sobre as bolsas oferecidas pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O curso também conta com o apoio do Programa de Educação Tutorial (PEC), formado por alunos da graduação que também ganham bolsas remuneradas e ajudam a fortalecer a qualidade do curso, oferecendo aos estudantes palestras, congressos e aulas práticas fora da instituição.







Além da graduação, quem preferir o curso técnico de zootecnia, pode recorrer ao vestibular dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPE). O curso é denominado Técnico em Agropecuária, e abrange as áreas de zootecnia e agricultura, com duração de três anos.



ZOOTECNIA X MEDICINA VETERINÁRIA X AGRONOMIA

As ciências que cuidam do universo alimentício e animal acabam se confundido na sociedade e no mercado de trabalho. Mas é preciso distinguir as profissões. A estudante do 7º período de zootecnia do Campus Garanhuns, Evanielly Tuany explica as diferenças nas formações.

“A base da zootecnia é a nutrição e a produção animal, mas também trabalha no melhoramento genético de animais. O agrônomo estuda, analisa e acompanha os processos produtivos,  desde quando se planta,  até o cálculo dos estoques de produtos. E medicina veterinária é a parte clinica cirúrgica. Zootecnista não pode fazer cirurgia nem aplicar medicamentos”, acrescenta.

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