Brinquedos educativos são boas opções para as crianças
Especialistas destacam que os pais têm um papel importante no processo de compra
Os filhos crescem e com eles a tecnologia avança. As brincadeiras, que faziam a cabeça dos pais antigamente, não estão presentes entre as dezenas de brinquedos nas lojas e nos quartos das crianças. As prateleiras, em sua maioria, há apenas a ostentação de mimos com ilustrações como da Galinha Pitadinha, Patati e Patata e Peppa Pig, por exemplo. Tudo isso para agradar a criançada.
Deparados com tanta informação e opções, os pais fazem o seguinte questionamento: que brinquedo comprar para presentear os pequenos no Dia das Crianças? Essa dúvida, que parece ser simples de responder, não é. Isso porque a maioria dos pais não possui muito tempo para dedicar-se às atividades lúdicas com os filhos. Entre reuniões e compromissos, há a responsabilidade de educar e brincar de forma saudável.
Segundo a psicopedagoga e coordenadora da Associação Brasileira de Psicopedagogia de Pernambuco (ABPp/PE), Manuela Barbosa, antes de tudo as crianças precisam brincar. “É importante perceber que o ideal é que o brincar produza brinquedos e não que o brinquedo proporcione a brincadeira”, diz a especialista.
A neuropsicológa Noemi Gonçalves afirma que os brinquedos educativos possuem benefícios. "Eles são ideais para trabalhar a coordenação motora ampla e a cognição. Com essas atividades, eles conseguem desenvolver, com mais facilidade, as atividades do dia a dia", afirma. "Além disso, é indispensável a participação dos pais. Mesmo com o trabalho intenso, os responsáveis devem acompanhar os filhos e dosar a intensidade de cada brincadeira", destaca Noemi.
Para a bancária Rafaela Furquim, mãe da pequena Manuela, de 18 meses, a interação dos pais com os filhos durante a brincadeira é fundamental para o desenvolvimento da bebê. “Percebo que quando paro para ficar com ela e começo a desenvolver atividades lúdicas, ganho mais confiança da minha filha e isso é muito importante”, fala. Em relação à escolha dos brinquedos ela é direta: “Não gosto de comprar brinquedos ‘massificados’, como a Galinha Pintadinha e a Peppa Pig. Prefiro adquirir objetos mais educativos que estimulem a coordenação motora e a cognição dela, como brinquedos de montar com cores e sons”, relata.
Refém do tempo e da correria do trabalho, a administradora Cecília Rodrigues revela que não tem muito tempo para brincar como gostaria com as filhas, Ana, de 6 anos, e Marina, de 2. “Com a correria procuro otimizar o tempo. Quando brinco com elas, faço sempre atividades ligadas aos estudos, com a matemática e as letras, por exemplo. Em casa, temos um espaço que elas chamam de biblioteca e é nele que tudo acontece”, conta a mãe coruja, que de forma orgulhosa ainda ressalta: “A mais nova já pega um livro e começa a contar uma historinha criada por ela mesmo”, lembra.
A economista Monica Tavares, que afirma sempre ter tempo para os filhos, faz questão de comprar presentes educativos para as pequenas e presentear os filhos das amigas também. “Observo que com as atividades e os brinquedos elas tiveram um bom desenvolvimento cognitivo. Minhas duas filhas começaram a falar com sete meses”, recorda. Quanto às opções desse tipo de mimos, Mônica opina. “Mesmo com tantos benefícios, percebo que não há muitas opções de lojas com esse apelo mais lúdico. Aqui no Recife, só conheço uma empresa com esse segmento”, lamenta.
Onde encontrar brinquedos educativos
No Recife, existem poucas lojas que focam em brinquedos educativos. A ‘Vila 7’ e a ‘Zepelim' são algumas delas. Concorrentes diretas, as empresas têm a mesma proposta, que é a comercializar brinquedos que retomem atividades infantis e que proporcionem aprendizado e interação entre pais e filhos. A proprietária da loja ‘Vila 7’, Juliana Lins, que possui duas unidades na capital pernambucana, diz que havia uma lacuna com essa iniciativa e a procura desses produtos pelos pais.
“Fizemos uma pesquisa de mercado e identificamos a necessidade. Na loja os pais vão encontrar desde brinquedos da sua época até mais modernos, que custam de R$50 a R$500”, indica Juliana. Ainda segundo a empresária, a principal proposta é fazer com que o responsável se identifique com o brinquedo, e que assim, possa interagir com os pequenos de forma mais espontânea e divertida, relembrando inclusive atividades da sua infância.
Outra opção é a Zepelim, com duas unidades, uma na Zona Norte e outra na Sul. De acordo com uma das sócias, Vírginia Ory, o cliente vai encontrar brinquedos com valores diversos. "Os valores podem variar de R$ 3,50 a R$ 500 e todos estimulam a criatividade e a cognição dos pequenos", destaca.
Vila 7
Zona Norte - Avenida Rui Barbosa, 1.105, Graças
Zona Sul - Rua Padre Carapuceiro, 777, Boa Viagem - Shopping Recife
(81) 3326.3818
Zepelim
Zona Norte - Rua da Hora, 497, Graças (9h às 18h - 9h às 17h)
Zona Sul - Bernardo Vieira de Melo, 209, Piedade (9h às 18h - 9h às 17h)
(081) 3241-6991