Na Campus Party, negócios sociais ganham destaque

Evento trouxe nomes de fundadores de empreendedorismos sociais, como Novo Jeito, Saladorama e Porto Social

por Camilla de Assis sab, 20/08/2016 - 17:50
Camilla de Assis/LeiaJáImagens Evento é realizado no Classic Hall Camilla de Assis/LeiaJáImagens

Neste sábado (20), o Recife recebe a Campus Party Recife Weekend. Além dos assuntos relacionados à tecnologia, quem é interessado em empreendedorismo também pode conferir palestras sobre o assunto, durante todo o evento. No primeiro dia do encontro, os campuseiros puderam aproveitar a conhecer nomes do empreendedorismo social no país.  

“Empreendedorismo social: uma nova forma de fazer negócios” trouxe o diretor educacional do Porto Social, Marco Polo; o fundador da Saladorama Hamilton Henrique; o diretor da Novo Jeito, Fábio Silva; e a gerente de programas da região Nordeste da Yunus Negócios Sociais, Maria Clara Dias. A palestra foi iniciada por volta das 16h, no palco Empreendedorismo da Campus Party, no Classic Hall. Marco Polo iniciou a conversa com uma observação. “Muitas pessoas acham que empreendedorismo social é filantropia, mas não é”, afirmou. “A gente identifica um problema e o resolve”, completou.

Já Maria Clara Dias fez uma diferenciação entre negócio social e Organização Não Governamental (ONG). “O negócio social é uma empresa que paga impostos e vê nisso uma forma de contribuir socialmente também. A diferença é que o negócio social preza pela auto-sustentabilidade financeira, visto que as ONGs dependem de doações”, explicou.

Com a Saladorama, Hamilton mostrou, de maneira prática, a forma de fazer negócios sociais. A empresa surgiu de uma necessidade pessoal e familiar, quando o empresário viu, dentro de sua família, problemas de saúde causados pela má alimentação. “Onde eu morava, as pessoas não tinham acesso à alimentação saudável, e então eu ia comprar saladas para os meus pais no centro da cidade. Gastava em torno de R$ 100 por dia”, afirmou.

Comercializar alimentação saudável foi uma maneira de espalhar aumento da qualidade de vida da população da comunidade onde Hamilton vivia. “No começo, eu pedia para as pessoas dizerem o quanto podiam pagar pela salada. E então elas tinham uma escolha entre continuar com a mesma alimentação e uma vida saudável”, explicou.

De acordo com os palestrantes, um negócio social pode ser lucrativo e, ainda, mudar o contexto social. “Pegamos o melhor do terceiro setor, queremos mudar as condições sociais, mas funcionamos na mesma lógica do business tradicional”, contou Maria Clara Dias.

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