Estudantes ocupam a UnB contra demissão de terceirizados

Grupo de alunos da Universidade de Brasília começou a ocupar o BSA, Bloco de Salas de Aulas Sul, na noite de segunda-feira (14), após o fim das aulas

sex, 18/08/2017 - 09:18
Reprodução/UnB Até o momento a universidade afirma que não cogita retirar os estudantes a força Reprodução/UnB

Pelo terceiro dia seguido, estudantes ocupam prédio da UnB contra a demissão em massa de funcionários terceirizados. O grupo de alunos da Universidade de Brasília começou a ocupar o BSA, Bloco de Salas de Aulas Sul, na noite de segunda-feira (14), após o fim das aulas. Normalmente, o prédio atende a um fluxo diário de cerca de 3.500 estudantes.

Os estudantes são contra as demissões de 128 funcionários terceirizados, devido a falta de repasse de verba para as universidades federais, que soma R$ 100 milhões. Segundo um representante dos estudantes que ocupam o BSA, as demissões e as mudanças orçamentárias na universidade ocorreram de forma autoritária, sem que a reitoria escutasse os alunos. Ele não quis se identificar. “O que a gente vê é que é tudo na base de um diálogo muito fechado, entre essas pessoas que estão em cargos superiores, e não tem um diálogo com a comunidade que é afetada por isso”, explica o aluno.

A reitoria da UnB informou que os ocupantes se recusam a dialogar diretamente e que só poderá atender às reivindicações após a desocupação imediata do prédio. Por causa da falta de comunicação entre as partes, o Ministério Público Federal foi procurado para que sirva como intermediador. Os alunos informaram que só irão dialogar por meio do coordenador do Núcleo de Consciência Negra, ainda não empossado ou reconhecido pela universidade.

De acordo com o chefe de Gabinete da Reitoria, professor Paulo César Marques da Silva, mesmo com a ajuda do Ministério Público, a universidade não cogita a retirada à força dos manifestantes.“Nós não queremos supor a possibilidade de não conseguir alcançar esses objetivos por meio do diálogo”, disse o professor. A UnB também esclareceu que está trabalhando para que as demissões dos funcionários não afetem a higiene e segurança da universidade.

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