Ministro descarta "terrorismo" no Enem

De acordo com Abraham Weintraub, tudo está "absolutamente normal" para a realização do exame

por Francine Nascimento qui, 19/09/2019 - 13:45
Chico Peixoto/LeiaJá Imagens Chico Peixoto/LeiaJá Imagens

Em coletiva de imprensa para apresentar os dados do Censo da Educação Superior de 2018, o ministro da Educação Abraham Weintraub descartou a possibilidade de instabilidades na realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que chamou de "terrorismos". As provas estão previstas para os dias 3 e 11 de novembro deste ano. Total de inscritos ultrapassa os 5 milhões. 

O ministrou falou sobre especulações com relação a aplicação das provas, que segundo ele, não se materializam "Eu diria que as reportagens que incitavam um certo 'terrorismo' nos 5 milhões de brasileiros que vão fazer o Enem, não estão se materializando. No começo de novembro vai o Enem, faltam 45 dias e tudo está absolutamente correndo normal, perfeitamente. Então, continuamos tranquilos e otimistas para o evento do Enem" declarou o chefe da pasta. 

Abraham Weintraub aproveitou para elogiar a aplicação Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2019, bem como a elaboração dos resultados do Censo da Educação, que para ele, ambos foram executados com sucesso. O Encceja, inclusive, foi usado como exemplo pelo ministro para reiterar o trabalho feito pelo Inep e o MEC, que nas palavras dele, foi desenvolvido sem nenhum incidente.

Desistências no ensino superior

Um ponto chamado atenção pelo ministro foi o elevado grau de desistência dos estudantes que ingressam no ensino superior. Conforme analisou o Censo da Educação, 56,8% dos alunos desistiram dos cursos, seja na rede pública ou privada. Nas instituições privadas foram identificados o maior número de evasão com 59,9%, em seguida as universidades federais com 47,6%. Realidade foi classificada pelo ministro como "ineficiência". 

"Qualquer atividade econômica (e o ensino é uma atividade econômica quando ele é público), ele tem que ter critérios de eficiência. A gente é muito eficiente aqui no Brasil, aonde mais da metade dos ingressantes desistem ao longo do curso. Sendo que há também um elevado grau de pessoas que ficam muito mais tempo que o necessário para concluir o curso. Então são duas claras de ineficiência e desperdício", analisou.

 

 

 

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