Enem 2019: ambulantes esperam boas vendas antes da prova

Caneta e água são uns dos principais produtos disponíveis para os estudantes nos locais das provas

por Paulo Uchôa dom, 03/11/2019 - 09:37
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens As comerciantes Marluce Pedrosa e Ana Regina da Silva estão confiantes para as vendas nos locais das provas do Enem Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

Na manhã deste domingo (3), nas imediações da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no bairro da Boa Vista, no Recife, ambulantes e comerciantes iniciaram a maratona de vendas para a primeira etapa de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Visando driblar a crise econômica, vendedores aproveitaram a calmaria do ambiente para dar os últimos ajustes antes do início do comércio, com a chegada dos estudantes.

A vendedora Ana Regina da Silva, de 48 anos, espera superar este ano as vendas de 2018."Minhas expectativas são as melhores possíveis. Quero que venda tudo. No ano anterior vendi baldes de açaí, bastante água, e agora não vai ser diferente. Espero que o lucro em 2019 seja melhor ainda", declarou.

Trabalhando no período do Enem há quase seis anos, a comerciante Marluce Pedrosa, de 54 anos, está confiante para obter o lucro nos produtos que foram investidos. Apesar da concorrência, Marluce afirma: "Tem espaço para todos. Espero que as coisas melhorem. As vendas já foram melhores, mas eu creio que vai dar tudo certo". Os portões dos locais das provas do Enem serão abertos às 12h e fechados às 13h, conforme horário de Brasília. A aplicação do exame começará às 13h30; encerramento está marcado para às 19h.

Outro ponto de prova

No campus da Universidade Federal de Pernambuco, além das pessoas tentando uma boa nota na prova do Enem, comerciantes se tornam o maior número de pessoas que tentam aproveitar a movimentação provocada pelo exame. Lúcio da Costa, 33, trabalha no Enem há cinco anos. Mesmo com os seus altos e baixos, o morador da comunidade do Ibura sempre tenta nessa época reforçar o dinheiro para pagar as obrigações do lar.

“ Eu nunca fiz o Enem. Quando vi a oportunidade já estava grande e, naquela época, não tinha me preparado para a prova. Hoje estou aqui tentando aproveitar o que essa aglomeração proporciona para as pessoas que, mesmo não fazendo o Enem, podem conseguir através da aglomeração”, revela.

Elcio Batista, 23, mesmo apararentemente tão novo, nunca fez o Enem por não se sentir confortável ou preparado para o exame. Hoje ele vende água no campus da UFPE, a fim de “juntar uma grana” para investir nos seus sonhos.

“Eu quero ser músico, mas para isso eu preciso de um violão. Para mim não existe nada melhor do que unir o útil ao agradável. Por isso estou aproveitando esse momento que muita gente vem fazer a prova do Enem aqui pra ver se desenrolo o dinheiro. A movimentação está um pouco fraca, mas nada que nos desanime”, pontua o jovem.

Com informações de Jameson Ramos

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