Brasil demitiu em 4 meses o equivalente a 4 anos
Dados foram retirados do Anuário do Trabalho nos Pequenos Negócios feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse)
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) informou, nesta segunda-feira (21), que entre os anos de 2014 e 2018, o Brasil perdeu 920 mil postos de trabalho. O número de demitidos repetiu em 2020, mas em um período apenas de quatro meses, devido à pandemia da Covid-19. Os dados foram retirados do Anuário do Trabalho nos Pequenos Negócios (2014/2018), iniciativa do Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse).
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, oportunidades perdidas já estão sendo recuperadas. “O alívio para essa comparação assustadora é que as vagas perdidas entre março e junho deste ano já estão sendo recuperadas e acreditamos que até o próximo resultado do Caged, do Ministério da Economia, esse número já estará zerado, graças à importante participação das micro e pequenas empresas”, disse, segundo informações do Sebrae.
Vale pontuar que o anuário integra uma sequência histórica que vem sendo divulgada há dez anos pelas duas instituições. A publicação traça um panorama completo da geração de empregos pelo segmento e compara a atuação dos pequenos negócios com as médias e grandes empresas, de acordo com o Sebrae.
O documento também revela que, entre as micro e pequenas empresas, o Comércio é o que concentrava a maior parcela das pessoas empregadas, com 6,5 milhões; seguido pelo Serviço com 6,1 milhões; Indústria com 3 milhões; Construção Civil com 1 milhão e Agropecuária com 967 mil. Já entre as médias e grandes empresas, os setores de Serviços e Indústria são os que mais empregavam, seguidos pelo Comércio, Construção Civil e Agropecuária.
O Sebrae explica que as informações no material são construídas com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), do Ministério da Economia (2018).