Mortes de profissionais de educação aumentam 128%
O balanço da Dieese aponta o crescimento nos primeiros quatro meses de 2021 em comparação ao mesmo período de 2020
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizou um levantamento de dados e apontou um crescimento de 128% no número de desligamentos de profissionais da área de educação por mortes nos primeiros quatro meses de 2021, se comparado com o mesmo período do ano passado.
Conforme o levantamento, foram 1.479 desligamentos por morte entre janeiro e abril deste ano, e 650 no mesmo período de 2020. O balanço ainda aponta que o quantitativo de mortes entre os trabalhadores da Educação foi mais acentuado nos três estados com as maiores taxas de mortalidade por Covid-19: Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.
Entre os mais afetados da área estão os professores e coordenadores, que tiveram, em 2021, 612 vínculos encerrados por morte. Os servidores que ajudam nas atividades das instituições de ensino foram o segundo grupo mais afetado. Os dados revelam que 263 trabalhadores de serviços, como faxineiros, porteiros, zeladores e cozinheiros, foram desligados por motivo de morte este ano.
Fonte: Dieese
Professores com nível superior que ministram aulas para estudantes do ensino médio tiveram, entre os profissionais da educação, o maior aumento no número de desligamentos por morte. Segundo o levantamento, no início de 2021, essa quantidade mais que triplicou em relação a 2020. Os educadores com nível médio que atuam na educação infantil e fundamental também tiveram um grande aumento: 238% nos quatro primeiros meses de 2021.
Fonte: Dieese
O balanço revelou também que trabalhadores com menos de 30 anos foram menos afetados. Ainda assim, nos primeiros quatro meses de 2021, os desligamentos por morte entre pessoas com idade entre 25 e 29 mais que dobrou. Entre os profissionais na faixa etária entre 30 e 39 anos, o aumento foi de 148%.