Prefeitura alega surpresa com greve de docentes no Recife

Categoria decretou greve nesta terça-feira, durante assembleia do Simpere

por Elaine Guimarães ter, 21/03/2023 - 19:11
Divulgação/Simpere Professores do Recife decretam greve pelo piso salarial Divulgação/Simpere

A Prefeitura do Recife, por meio de nota enviada ao LeiaJá, alegou 'surpresa' com a greve dos professores da rede municipal de ensino, decretada nesta terça-feira (21), durante assembleia realizada pelo Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (Simpere).

"A Prefeitura do Recife informa que não recebeu contraproposta da categoria. A gestão ressalta ainda, que recebeu com surpresa a decretação da greve, realizada em assembleia nesta terça-feira (21), diante das negociações em andamento e aguarda a comunicação formal do Sindicato". O comunicado também aponta que não houve paralisação das atividades nas escolas municipais e salienta que uma nova assembleia está prevista para o dia 29 de março. 

No dia 8 de março, os docentes do Recife, organizados pelo Simpere, decretaram estado de greve. A categoria exige que o prefeito João Campos (PSB) pague o novo piso salarial da carreira, cujo reajuste previsto por lei é de 14,95%. A última proposta da Prefeitura, rejeitada pelos profissionais, foi de pouco mais de 6%.

À reportagem, a gestão municipal afirma que, desde o mês de janeiro, faz o cumprimento do piso salarial dos professores conforme a Lei nº 11.738, de junho de 2018, "garantindo que nenhum profissional receba abaixo do piso nacional, estabelecido pelo Governo Federal em R$ 4.420,55 para o ano de 2023".

"A Prefeitura do Recife espera que a categoria possa negociar de modo que a greve não seja deflagrada, pois a interrupção das atividades nas unidades escolares vai impactar diretamente a vida dos mais de 95 mil estudantes da rede, que terão prejuízos de aprendizagem e problemas no cumprimento do calendário no ano letivo, além prejuízos do acesso à alimentação escolar, pois não há condições de receber estudantes nas escolas e creches sem a presença dos professores, com prejuízos para crianças e suas famílias", finaliza a nota. 

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