Casarão reúne artesanato e apresentações culturais

Espaço mantido pelo SEBRAE está pela primeira vez na programação oficial do FIG

por Felipe Mendes sex, 20/07/2012 - 00:59

Um casarão está movimentando Garanhuns durante a realização do 22º Festival de Inverno. Localizado na Av. Rui Barbosa, o sobrado que abriga o projeto Arte no Casarão está sempre com bastante gente nesses dias de realização do FIG. O principal atrativo são as apresentações culturais e as exposições de artesanato que estão acontecendo no espaço, sempre até as 22h.

Esta é a nona vez que o SEBRAE realiza o projeto, mas o primeiro ano em que o Arte no Casarão está integrado à programação oficial do Festival de Inverno de Garanhuns. O Arte no Casarão abriga exposições permanentes de artesanato pernambucano, além de ter um palco em que se apesentam bandas de música, quandrilhas, bacamarteiros e até peças teatrais. Do lado externo, uma feira reúne o artesanato de diversas cidades do agreste pernambucano, como Correntes, Lajedo e Calçado e de associações e grupos de artesãos. São peças diversas, de vários tipos de técnicas e materiais, de colares e brincos, passando por bonecas a utensílios de decoração.

Do lado interno, o Casarão abriga peças de artesãos que têm se destacado pelo seu trabalho. É o caso de Suzemar Vilela, que trabalha como artesão há 22 anos. Natural de Garanhuns e morador da cidade, Zemar, como prefere ser chamado, reutiliza diversos materiais para fazer sua arte. São peças de carros e motos, cedidos a ele por oficinas mecânicas, sua principal matéria prima, mas ele também trabalha com madeira. "Pego galhos caídos e utilizo o desenho natural deles", explica o artesão, enquanto mostra uma águia feita por ele cujas asas são um capô de carro recortado.

A analista de turismo e artesanato do SEBRAE, Gerlane Melo, coordenadora do Arte no Casarão, afirma que cerca de 1.700 pessoas se apresentam no espaço até o último dia de programação. E avisa que o Casarão fica aberto no domingo posterior ao FIG, que termina neste sábado (21). Gerlane explica que as atrações do projeto se inscreveram através de um chamado público feito pelo SEBRAE para participar da programação, e que a feira e as exposições de artesanato reúnem o trabalho de cerca de 120 artesãos.

O Arte no Casarão já é uma referência no agreste quando o assunto é artesanato e a procura é grande, não dando para atender a todos os municípios e artesãos que procuram participar. "Para muitos artesãos, o Arte no Casarão é como se fosse a Fenearte daqui", diz Gerlane Melo, fazendo um paralelo com a gigantesca feira feira realizada anualmente no Recife. O resultado é muita movimentação, valorização do trabalho dos artesãos e geração de renda. "Ano passado o Casarão vendeu R$ 83 mil de artesanato", ressalta a coordenadora do projeto

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