Exposição abre debate sobre diversidade e preconceito

Estudantes da Universidade da Amazônia (Unama), em Belém, provocam reflexão sobre temas atuais que vão do racismo às causas LGBT

por Julyanne Forte sab, 04/06/2016 - 10:15

A exposição “Expressar-te. Um olhar sobre a sociedade” aborda temas bastante debatidos no cenário atual, como racismo, infância, causa LGBT, sexismo, empoderamento das mulheres, entre outros. Organizada pelos alunos dos cursos Publicidade e Propaganda e Jornalismo, em parceria com os alunos do curso de Artes Visuais, da Universidade da Amazônia (Unama), o evento foi realizado na Galeria de Arte Graça Landeira, no campus Alcindo Cacela, na sexta-feira, dia 3.

Os visitantes, primeiramente, foram apresentados às obras e, em seguida, assistiram a uma palestra sobre o tema da exposição. Participaram do bate-papo com os alunos a mestre em Artes Simone Moura, a mestre em Antropologia Rachel Abreu e a bacharel em Direito Bárbara Tauani. “É necessário que se façam desconstruções de mentalidades de pensar o outro a partir da hierarquia de valores inferiores e o propósito da discussão é refletir que cada um vai carregar sua essência, independente de conselhos recentes as pessoas precisam ser respeitadas, na sua escolha, na sua orientação”, afirmou Rachel Abreu.

A estudante Isabela Menezes disse que a ideia de fazer essa exposição surgiu a partir da vontade dos alunos de levar para fora da sala de aula os assuntos que eram abordados na disciplina de Comunicação, Cultura e Cidadania, ministrada pela professora Danuta Leão, a partir de uma abordagem artística. O visitante Luca Side conta que a exposição tem a intenção de surpreender e alertar para os problemas que o preconceito causa na sociedade atual. “O quadro que eu mais me interessei foi o das camisinhas. Ele choca quem não está preparado. Eu achei incrível a submissão da mulher exposta de uma maneira crua, de forma objetiva, isso é incrível”, falou.

O estudante também revela que o preconceito está muito presente no seu dia a dia. Além disso, o contato com movimentos sociais abriu seus olhos para lutar não só por causa própria, no caso a LGBT, mas também pela do outro. “Os movimentos estão entrando em conflitos e essa exposição acaba unindo todas as causas de uma forma muito harmônica. Os movimentos precisam se juntar, as minorias não podem lutar contra minorias, e isso é essencial”, concluiu.

Com informações de Marcella Salgado e Jamyla Magno.

                                                                                                                                                            

COMENTÁRIOS dos leitores