Orquestra sem camisa: música despojada anima Rio
Amigos se unem para fazer um som e descolar uns trocados
“Mas ninguém pode dizer que me viu triste a chorar. Saudade, o meu remédio é cantar...”. Eis que um som nordestino, do rei do baião Luiz Gonzaga, surge em meio a tantas músicas pops, tocadas nas áreas de lazer localizadas na zona central do Rio de Janeiro. A música é oriunda de um grupo, formado por cinco amigos músicos que decidiram se reunir para tocar e ganhar alguns trocados.
Empunhando trompete, trombone de vara, caixa e surdo, os rapazes se intitulam “músicos de rua” e contam que todos já tocavam em diversas bandas quando resolveram se juntar para alegrar quem passava pela rua durante o período olímpico.
Ao serem questionados sobre as Olimpíadas, os rapazes compartilham da mesma opinião. “A ideia [de realizar os jogos no Brasil] é muito boa, mas acho um gasto desnecessário. Mas já que o dinheiro foi usado, vamos aproveitar [a festa] da melhor forma”, afirmou o trombonista Edu Machado.