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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou sem vetos a Lei 14.793,  que inclui o nome do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. A nova lei foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (8). O músico pernambucano popularizou o baião e é um dos maiores símbolos da cultura nacional.

A lei teve origem em um projeto (PL 1.927/2019) do ex-senador Jarbas Vasconcelos, aprovado pela Comissão de Educação (CE) do Senado em agosto de 2019 e, posteriormente, também na Câmara dos Deputados, em 2023. Para o autor da proposta, Luiz Gonzaga difundiu a cultura nordestina por todo o Brasil por meio do forró, do xote e do baião, fazendo-se conhecido e respeitado em todas as regiões.

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“Por toda sua história, não resta dúvida de que é meritória a homenagem que se pretende prestar a Luiz Gonzaga, autêntico representante da cultura popular brasileira, ilustre porta-voz do povo nordestino e incansável divulgador das dificuldades enfrentadas por seu povo”, ressaltou Jarbas Vasconcelos.

O relator na comissão, senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), emitiu parecer favorável ao considerar a proposição um ato “nobre e de reconhecimento a esse artista que dedicou a sua vida à cultura brasileira”.

Biografia

Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu na cidade de Exu, em Pernambuco, em 1912. Aprendeu desde cedo com seu pai sanfoneiro, Januário José dos Santos, a trabalhar na roça e a ensaiar seus primeiros acordes na sanfona. Cresceu alternando a vida entre a lida no campo e as apresentações nos forrós da região.

Após ver abruptamente encerrada sua história de amor proibida com a filha de um coronel, Luiz Gonzaga fugiu para o Ceará e alistou-se no Exército, onde exerceu a função de soldado por nove anos. Mais tarde, no Rio de Janeiro, sua carreira começou a decolar, após apresentação no programa de Ary Barroso, em 1941, quando tocou a instrumental Vira e Mexe, que também viria a ser a sua primeira gravação.

Em 1945 conheceu o advogado Humberto Teixeira, que seria seu parceiro em composições pelo resto da vida. Dessa parceria, surgiram muitos sucessos compostos por ambos e cantados por Luiz Gonzaga. A música que mais o consagrou foi Asa Branca, considerada um hino do Nordeste.

Em 1980, Luiz Gonzaga cantou para João Paulo II, durante a visita do papa a Fortaleza. Após uma carreira de sucesso, voltou para sua terra natal, para criar gado e viver como nas suas origens. Faleceu no Recife, no dia 2 de agosto de 1989.

Em seus 60 anos de carreira, gravou mais de 600 músicas, tendo recebido diversos prêmios por sua obra. É pai do cantor e compositor Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o Gonzaguinha, falecido em um acidente automobilístico em 1991.

No ano de 2012, por ocasião do centenário de nascimento do Rei do Baião, Luiz Gonzaga foi homenageado pela escola de samba Unidos da Tijuca, campeã do carnaval carioca daquele ano, com o samba-enredo O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão. No mesmo ano, os Correios emitiram um selo em homenagem ao novo herói da pátria.

Da Agência Senado

O autor do livro “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento”, Paulo Vanderley, virá ao Recife novamente, para a palestra e bate-papo especial “Causos de Seu Luiz”, no Shopping Tacaruna, amanhã (20 de junho), às 19h30. O evento acontece na Praça de Eventos do mall, espaço onde está em cartaz a exposição de mesmo nome, até o dia 28 de junho. Vanderley vai contar ao público momentos da vida do Rei do Baião, com apresentação de fotos raras, falar sobre o processo criativo do livro e muito mais. Também haverá uma sessão de autógrafos da obra. O acesso à palestra e exposição é gratuito.

A obra “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento” é resultado de 31 anos dedicados à pesquisa da musicalidade e universo gonzagueano por Paulo Vanderley, com o objetivo de democratizar e compartilhar a história e a arte do Rei do Baião. Com quase 500 páginas, o livro é contado em primeira pessoa, pelo próprio Luiz Gonzaga, por meio da transcrição de trechos garimpados minuciosamente de mais de 100 entrevistas de rádio, TV, 

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apresentações e, ainda, de bate-papos informais que foram gravados. Todos os áudios e imagens das transcrições estão disponibilizados para o leitor por meio de QR codes dispostos pelas páginas do livro.

O livro, da editora ViuCine, faz parte de um box, que traz também um post colecionável, carteira e dentro dela, retrato 3x4 do artista, réplica de documento de carro e uma cédula de 110 gonzagas. Tem até a réplica do cartão ouro do Banco do Brasil, encartes, todas as capas de todos os LPs em tamanho original, capas dos compactos e contratos de shows. “É o mais rico material já publicado sobre o grande artista nordestino Luiz Gonzaga, proporcionando ao leitor acesso à obra completa do Rei do Baião. Uma publicação digna de coleção para todos os súditos do rei”, completa Paulo Vanderley.

O box completo pode ser adquirido no local da exposição, no Shopping Tacaruna, ou através do site https://110anos.luizluagonzaga.com.br, no valor de R$ 330,00 ou a edição simples do livro que custa R$ 180,00.

A exposição com 350m² reúne uma parte da coleção pessoal de Paulo Vanderley e é inédita. Alguns itens do acervo do colecionador já estiveram na produção de cena e figurino de filmes e séries sobre a vida do Rei do Baião. Nesse momento, Paulo exibe em média 100 artigos originais e inéditos da carreira e vida pessoal do artista. Entre eles, fotos originais do acervo pessoal de Luiz Gonzaga; caixa do box “50 anos de Chão”, autografado pelo artista em fevereiro de 1988; entrevista manuscrita a uma revista de Luxemburgo, nos anos 1970; documento original do carro de Gonzaga (modelo Furglaine, da Ford); cartão de crédito original do Banco do Brasil; exemplares de revistas dos anos 1950, contendo matérias sobre o artista (Revista do Rádio, Radiolândia, O Cruzeiro, entre outras); 44 LPs de carreira, de 1958 a 1989, e 1 disco de 78 RPM, de 1947, contendo a faixa do clássico “Asa Branca”.

A mostra também contempla áudios e vídeos com entrevistas do próprio Rei do Baião e outros artistas. “A exposição é uma imersão no próprio livro, que aborda a vida e obra de Luiz Gonzaga, um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, homenageando os 110 anos de seu nascimento, comemorado em 13 de dezembro de 2022”, ressalta Paulo Vanderley, também curador da exposição. São 12 espaços interativos e instagramáveis para o público mergulhar na cultura nordestina, tais como a réplica do box em tamanho gigante; réplica da capela de São João Batista da Fazenda Araripe, em Exu; seis ilhas cobertas com chapéus cenográficos de fibra de vidro gigantes, cópias dos chapéus de couro usados por Gonzaga; além de muitas peças históricas e réplicas em couro das vestimentas usadas por Seu Luiz durante a carreira.  Os visitantes terão acesso ao conteúdo completo da biografia de Luiz Gonzaga, em sete totens com telas touch screen e QR Codes para ouvir as principais canções e entrevistas do Rei do Baião presentes no livro.

*Via assessoria de imprensa. 

O legado do Rei do Baião ganha homenagem no musical “Gonzaga: Pense n’eu vez em quando – Um musical sobre a vida de Luiz Gonzaga”, estrelado por Damião Mota e dirigido por Quiércles Santana, da Cia Nureto de Teatro e Música. A peça conta a história do sanfoneiro e retrata momentos importantes ao longo da sua carreira com muita música e história. O público vai poder fazer uma verdadeira viagem no tempo e ver os causos, os cantos, relembrar a era do rádio e se emocionar com a imersão no mundo do grande mestre Luiz Gonzaga.

"Pense N'eu" é um meio de manter a lembrança acesa e o coração aquecido "vez em quando,  se sorrindo ou se chorando ", comenta Quiércles Santana. E para quem quiser conferir, o musical estará com apresentação única na Ferreira Costa da Tamarineira, às 11h do domingo (18/06).

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Além do musical, a Ferreira Costa preparou uma programação completa para o fim de semana. O Arraial da Família das lojas da Imbiribeira e Tamarineira conta com atividades como recreação junina, oficinas infantis, barracas de guloseimas e muito mais. E para quem não dispensa um forrózinho, o Trio Pé de Serra também estará nas lojas colocando todo mundo para dançar. 

Programação:

Pólo Tamarineira

16 e 17/06 das 14h às 18h

Show Infantil

Trio Pé de Serra

Oficinas Infantis

Recreação Junina

Praça de Alimentação

Feira Criativa

18/06 às 11h

Musical Gonzaga: Pense n’eu vez em quando – Um musical sobre a vida de Luiz Gonzaga

Música ao vivo

Pólo Imbiribeira

22/06 a partir das 10h

Trio Pé de Serra

Recreação Junina

23/06 a partir das 10h

Trio Pé de Serra

Recreação Junina

Personagens + barraca de guloseimas

Recentemente, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou que o forró é um patrimônio imaterial do Brasil. Além disso, o gênero também foi listado na categoria “super” dentro da música, já que é a partir do forró que vieram outros ritmos e expressões artísticas, como o Baião, o Xote, o Xaxado, o Chamego e a Quadrilha. Vale lembrar que é justamente nesta segunda-feira (13) que se comemora o Dia Nacional do Forró, data em que nasceu a lenda Luiz Gonzaga (1912 – 1989).

De acordo com Sérgio Martins, especialista formado em comunicação social pela Cásper Líbero, o forró tem origem da palavra “forrobodó”, que significa confusão e este gênero recebe influências diretas de outras regiões fora do Brasil, já que um dos instrumentos que servem de referência para o forró é o acordeão, objeto musical que tem origem europeia e  também é conhecido popularmente como sanfona. “O forró é um gênero tipicamente brasileiro, criado a partir da fusão e da influência de outros gêneros que foram se achegando na região nordestina brasileira”, esclarece.

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O especialista conta que o forró surgiu pela primeira vez em meados de 1937, mas o gênero chegou com força total em abril de 1950, justamente por uma das maiores figuras que já passou pelo Brasil, Luiz Gonzaga. “É neste momento que tem essa consagração e a confirmação do forró. Luiz Gonzaga popularizou também a vestimenta que ele observava dos cangaceiros, e por isso formou-se essa identidade nordestina”. Martins completa dizendo que muitos outros músicos, até mesmo da Bossa Nova, foram influenciados por Gonzaga.

Além disso, é possível observar o forró expande suas possibilidades para além da capacidade musical, já que Luiz Gonzaga influenciou um dos grandes músicos do forró na região de São Paulo, Pedro Sertanejo (1927 – 1997), a criar um salão de dança, para os migrantes que vinham do Nordeste para a região Sudeste. “Por muito tempo, o forró de Pedro Sertanejo se tornou um elo de comunicação entre migrantes e seus parentes. Um sujeito mandava uma carta para um familiar que estava em São Paulo, e essa carta era lida no palco”. O especialista ressalta que além da parte musical, forró sempre foi sinônimo de reunião.

Vale lembrar que o forró é tão importante quanto qualquer outro gênero musical que está na raiz da cultura brasileira, assim como o samba. O especialista cita que existe uma diferenciação temporal, justamente porque em algumas ocasiões, um gênero se torna mais visível que o outro. “Em termos de popularidade, o sucesso das bandas de forró eletrônico, como Wesley Safadão e até mesmo da Pisadinha, causa uma repercussão mais consistente”. Independente disso, Martins afirma que cada gênero representa uma parte da identidade nacional.

Diante disto, o forró também serve como agente fundamental na construção de grandes artistas, e músicos que conseguem trabalhar não apenas o forró, mas outros subgêneros deste ritmo, como Elba Ramalho, Alceu Valença, Gilberto Gil e Gal Costa. “Para todos esses artistas, o forró faz parte do DNA musical. A importância é imensa, qualquer coisa que se faça para glorificar o nome do forró é extremamente válido”, finaliza.

 

Um dos ritmos mais queridos pelo povo brasileiro conquistou um reconhecimento esperado desde 2011. Na última quinta (9), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou o forró como patrimônio imaterial brasileiro por unanimidade. A definição ocorreu durante reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural da entidade, o qual também considerou a expressão musical como supergênero.

O pedido de consideração de registro das matrizes tradicionais do forró foi encaminhado ao Iphan pela Associação Cultural Balaio Nordeste, de João Pessoa, na Paraíba. Após a solicitação, o processo foi aberto em 2011. Uma década após a abertura, o ritmo teve seu reconhecimento alcançado além de ter sido considerado um ‘supergênero’ por agrupar diversas expressões musicais como o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e o arrasta-pé.

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Em 2019, o Iphan iniciou uma pesquisa nos nove estados do Nordeste, além do Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo para entender e identificar como se expressa o esse gênero musical. Também houve pesquisa nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com a identificação de festivais sobre tal expressão musical. O título chega às vésperas do Dia do Forró, celebrado anualmente no dia 13 de dezembro, dia do nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, um dos maiores representantes do gênero em todo o país. 

O Rei do Baião Luiz Gonzaga completaria 109 anos em 2021 e, para marcar a data, o "Parabéns Pra Gonzagão" chega para homenagear e comemorar a vida desse artista que foi um marco para a cultura nordestina. A festa acontece na data do aniversário do mestre, no dia 13 de dezembro, no Palco do Clube das Pás no formato de live, a partir das 19h. A transmissão poderá ser assistida pelo canal oficial do clube no Youtube. 

No palco, cantores renomados da cultura pernambucana como: Jorge Neto e Banda, Orquestra do Clube das Pás, com participação de Santanna O Cantador, Maciel Melo, Nádia Maia e Petrúcio Amorim, que prestarão suas homenagens ao Rei do Baião. No repertório, os clássicos de Luiz Gonzaga, além do melhor do forró pé de serra, prometem aquecer os corações nordestinos. 

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SOLIDARIEDADE - O 'Parabéns Pra Gonzagão' acontece em parceria com a Campanha Natal Sem Fome, do Comitê Estadual da Ação e da Cidadania, com o objetivo de arrecadar alimentos não perecíveis antes e durante a Live, que serão destinadas às famílias carentes do Estado de Pernambuco no período natalino. Mais informações pelo telefone (81) 3226 0063. Chave PIX para doações - Ação Pernambuco: CNPJ - 004095409000190 

SERVIÇO 

PARABÉNS PRA GONZAGÃO 2021

Onde assistir: YouTube - Canal Oficial do Clube das Pás //

DATA DA LIVE - 13/12 das 19h

Atrações: Jorge Neto e Banda, Orquestra do Clube das Pás, com participação de Santanna O Cantador, Maciel Melo, Nádia Maia e Petrúcio Amorim.

*Da assessoria de imprennsa

É difícil encontrar um nordestino que não traga na memória alguma canção do Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Nas lembranças do cantor e compositor pernambucano Jorge Du Peixe, o mestre Lua surge nos discos de vinil que herdou de sua mãe, ainda com o nome dela ou dedicatórias escritas à caneta esferográfica na capa, e nas imagens que guarda dos ensaios das quadrilhas que dançou quando criança.

Agora, com 28 anos de carreira junto a uma das bandas mais importantes da música contemporânea brasileira, a Nação Zumbi, Du Peixe decidiu honrar essas memórias, que tanto contribuiram para ser o artista que é hoje, e homenagear a obra de Gonzaga em seu primeiro álbum solo, Baião Granfino, lançado na última quinta (16). “Quem tá aí (no Nordeste) nasce já ouvindo (Gonzaga) de longe no rádio do vizinho. A gente nasce ouvindo, cresce escutando e vive lembrando. Quando toca em algum lugar eu penso: ‘caramba, eu já ouvi tanto isso’. Dos ensaios até às quadrilhas, de você tocar com a Nação Zumbi nos festivais de inverno e ver show de Elba Ramalho cantando ‘Sabiá’ e ‘Que Nem Jiló’, e me pegar de surpresa dentro de um estúdio agora gravando essas músicas e passar todo esse filme na cabeça, é muito louco”, disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

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Muito embora o músico use a palavra “surpresa” para descrever uma das emoções vivenciadas durante a produção do disco, o projeto foi gestado durante um longo período. Do convite feito pelo produtor Fábio Pinczowski, em 2017, para a gravação de um trabalho juntos, até 2021, ano de lançamento de Baião Granfino, a dupla pôde conversar, estudar e elaborar os caminhos que os levariam até às 11 faixas que compõem a obra, segundo o músico, parte de um “tesouro nacional” deixado pelo mestre Lua.  

A intenção era homenagear o legado de Gonzaga, com muita reverência e afeto, sob a perspectiva pessoal de Du Peixe, tendo o baião como elemento norteador do trabalho. “Quando você mexe na obra de um outro artista você tem que ter cuidado redobrado. A ideia não era ser um baião de raiz, porque ele já existe, a gente queria colocar elementos novos. A gente tá tendo cuidado de não querer modernizar o eterno, a ideia é atualizar. Foi legal colocar a minha impressão sobre a obra dele e ter o Fábio como cúmplice”. 

Em Baião Granfino, o legado gonzaguiano ganha tons de blues, ska e rock, entre outros, bem como se reencontra com vertentes que sempre lhe foram mais próximas, como o maracatu e a ciranda. As infinitas possibilidades proporcionadas pelo ritmo - que já foi um dos principais do país - fizeram festa ao se unirem à verve de Du Peixe. 

No repertório - definido após um par de anos de muita conversa - clássicos como Assum Preto, Sabiá e Pagode Russo, dividem espaço com outras canções não tão conhecidas, como Cacimba Nova e Rei Bantu. Essa última, uma surpresa para o próprio Jorge, que não poderia ter se identificado menos com a faixa escrita pelo mestre em 1950. “Assim que eu ouvi eu disse: ‘isso é um grito’. Você vê a força que ela tem, aquele grito de empoderamento, de ancestralidade, é um maracatu canção e rolava muito isso naquela época. Eu chapei nela. É Nação geral, todo grito que a gente tem, é Chico (Science)  também de alguma maneira. Por mais que todos façam projetos (solo), isso vem  agregar pra banda. Isso contempla cada vez mais a ideia de buscar e ir pra outros lugares e levar, fragmentado ou não, isso é de certa forma uma ramificação ali”.

Gravado durante a pandemia, Baião Granfino contou com várias participações e cerca de 20 músicos.  “A ideia era trazer uma banda mínima, mas fomos pensando nos nomes e aí veio quase uma orquestra de Luiz Gonzaga, uma ‘Luíz Gonzaga All Stars’ de certa forma”, brinca Du Peixe. Entre os convidados do projeto estão Siba Veloso, Pupillo, Mestrinho, Maria Beraldo, Lívia Nestrowski, Sthe Araújo e Naloana Lima, entre outros. 

A cantora paraibana Cátia de França também contribuiu fazendo um dueto com Jorge na canção O Fole Roncou. “A gente cresceu vendo shows de Cátia de França, e aí coincidentemente procurando quem faria os coros do disco o Fábio comentou sobre ela. Só que pra backing vocal a gente queria umas vozes mais agudas que remetesse à velha guarda do samba, às cirandeiras e lavandeiras, e pensamos: ‘ela vai ter que participar, cantando’. Ela topou e eu fiquei felizão, felicidade geral do baião, ali ela lacrou”. Em virtude dos protocolos sanitários, os artistas gravaram a faixa de forma remota, porém, a união dos dois foi tão feliz que um encontro presencial já está marcado. “Passando a pandemia a gente já se prometeu uma cabidela no sítio dela”. 

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Após quatro anos de elaboração, maturação e execução de seu primeiro disco solo, o que Jorge du Peixe mais quer é levá-lo para o palco. Vacinado, o cantor espera que em 2022 as condições para tal sejam mais favoráveis. “A vida é ali em cima (do palco). Depois que você grava um disco, não só o ouvinte, o fã, mas a banda também quer levar isso pro palco, é outro estágio legal da ideia do disco. Você contempla o disco de verdade no palco”. 

Enquanto aguarda o arrefecimento da pandemia para poder voltar a circular com sua música, Du Peixe vai planejando os próximos passos e curtindo a repercussão de Baião Granfino. Um disco que ao homenagear o Rei do Baião acaba honrando, também, outras searas da cultura nordestina, através das referências, inspirações e até dos nomes que passaram por ele. Uma bela e afetuosa forma de reverenciar o eterno e, consequentemente, acabar fazendo parte dele também. “Luiz Gonzaga é forte. Vale salientar que além de mim deve ter um tanto de gente exatamente agora no país regravando Luiz Gonzaga. Isso não para”.

Fotos: Divulgação/José de Holanda



 

Com a pausa nos shows da banda Nação Zumbi, Jorge Du Peixe aproveitou para formatar e processar um novo projeto: o álbum “Baião Granfino”, que vai reunir versões das músicas de Luiz Gonzaga, uma das mais importantes figuras da música popular brasileira. O primeiro single, “Rei Bantu”, já foi lançado em todas as plataformas de streaming nesta sexta-feira (30) de julho.

O trabalho abre espaço para novas propostas sonoras e arranjos criativos que exaltam a obra do Rei do Baião, aliado a interpretação potente de Du Peixe. Para o cantor e compositor pernambucano é uma honra e um desejo antigo se concretizando: “Faz parte da minha memória afetiva. Quem é do Nordeste cresce ouvindo as melodias de Luiz Gonzaga”, diz.

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Rei Bantu

O single “Rei Bantu” apresenta o álbum “Baião Granfino” que terá 11 faixas, com produção de Fábio Pinczowski, e lançamento em setembro, pelo selo Babel.

“Acho essa música muito importante por dois motivos: primeiro por não ter muitas versões conhecidas pelo público, e depois por ligar o maracatu ao baião. No disco ela ganha um peso muito forte, afinal, como diz a letra, Jorge é um dos nossos ‘reis do maracatu’”, fala o produtor.

“É uma música forte que exalta as nações de maracatu, gênero originalmente pernambucano. É também um grito de resistência e empoderamento”, conta Du Peixe, que convidou os músicos Mestrinho, Carlos Malta, Pupillo e Swami Jr., para participarem da faixa.

Ouça agora:

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Com informações da assessoria

Sinônimo de forró, fogos, fogueira e fartura de comida de milho, o mês de junho desperta tradições seculares em nosso Estado por meio das celebrações juninas. Um pedaço desse rico universo da cultura brasileira estará em cartaz na Praça de Eventos do Shopping Recife, até o próximo dia 24, com duas exposições em torno do São João: uma dedicada a Luiz Gonzaga e outra sobre dos santos católicos padroeiros da época em uma ambientação inspirada no Pátio do Forró.

Com o acervo do Museu Cais do Sertão e espaço cênico remetendo aos famosos combogós do equipamento cultural, o espaço dedicado a Luiz Gonzaga reunirá réplicas da sanfona, da zabumba e do triângulo usados pelo artista, bem como do seu gibão– em uma versão especialmente confeccionada pelo artesão cearense Espedito Seleiro. O espaço trará ainda um boneco gigante do Rei do Baião, assinado por Silvio Botelho, e que compõe o acervo do Galo da Madrugada, e mais de 40 cubos com informações sobre Gonzagão.

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Ao lado, em um cenário reproduzindo o Pátio do Forró, estarão expostas as bandeiras originais dos santos católicos considerados padroeiros do ciclo, e que são batizadas anualmente na tradicional Procissão dos Santos Juninos, promovida pela Prefeitura do Recife. Por lá, as flâmulas de Santo Antônio, São Pedro e São João, além de diversas curiosidades sobre eles.

"Com cenografias que embarcarão os visitantes em pontos de referência culturais de nosso Estado, queremos fazer um convite para o público entrar no clima especial da festa junina a partir dos estímulos sensoriais e do conhecimento que a cultura é capaz de promover, em uma programação gratuita e que pode ser vivenciada por toda a família", destaca Renata Cavalcanti, gerente de Marketing do Shopping Recife.

Por meio da iniciativa, o secretário de Turismo do Pernambuco destaca o ponto de contato com a cultura e com o turismo do Estado que o centro de compras desempenha. "O Shopping Recife é parceiro antigo do Turismo de Pernambuco. O centro conta com uma unidade do Centro de Atendimento ao Turista e agora presta esta homenagem tão bonita ao Cais do Sertão, que é um dos equipamentos mais importantes do Estado. A cultura sertaneja está muito bem representada no São João Cultural do Shopping", complementa.

*Da assessoria

Se tem uma coisa que brasileiro sabe fazer bem é festa, porém, há pouco mais de 12 meses, tal talento tem sido cerceado em virtude da pandemia do novo coronavírus. Os altos números de contaminados, de mortos e a falta de uma vacinação expressiva tem nos mantido reféns de um vírus que parece, às vezes, impossível de ser combatido. Por isso, em 2021 viveremos o segundo ano consecutivo sem o São João como o conhecemos. 

Ficar mais uma vez sem a tradicional festa, sobretudo no Nordeste, onde o ciclo é profundamente vivenciado, pode despertar sentimentos dos mais diversos. O LeiaJá preparou uma pequena playlist de forró, ritmo que reina nesse período, para demonstrar que todos, provavelmente, passaremos por esse processo de lamento e dor. No entanto, a arte pode nos ajudar a ressignificar o momento e esperar por dias melhores. Dá o play. 

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A princípio, você pode sentir-se triste…

… afinal de contas já são dois anos sem pular fogueira, beber quentão e dançar agarradinho na quermesse. Só resta se apegar aos santos juninos para pedir uma melhor colheita no ano que vem. 

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E pode até chorar...

… sentindo falta do arrasta-pé no terreiro e daquela alegria junina. Quando a  saudade bate e a solidão do isolamento social aperta, só resta lamentar mesmo e chorar, para desafogar o peito. 

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Porque quando a saudade chega…

… traz com ela muitas lembranças e logo surge uma vontade de fazer planos. Uma boa imaginar como será quando o próximo ciclo junino chegar. 

Aí, só lembranças...

... dos tempos bons em que a quadrilha junina fervia. Mas lembrança boa é aquele que se lembra com alegria, e com muita música pois remédio melhor não há. 

Mas, para ficar remediado e resiliente…

… é hora de deixa o ‘avexamento de lado’. Procurar as programações juninas online, curtir as playlists temáticas e pedir aquele delivery de comida de milho. Importante mesmo é ficar em casa, cumprindo todos os protocolos de segurança, enquanto não se pode curtir o São João do jeito que o brasileiro gosta, no ‘arraiá’.

Há cem anos nascia um dos maiores parceiros de Luiz Gonzaga, o compositor Zé Dantas, que, ao lado de Humberto Teixeira, compôs boa parte do universo da música gonzaguiana – canções como Xote das meninas e Imbalança. Para celebrar o centenário deste importante artista da música brasileira, a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), a Secretaria de Cultura do Recife, a Fundação de Cultura Cidade do Recife, o Museu Cais do Sertão, a TV Pernambuco e a Rádio Frei Caneca se uniram para realizar ações em torno da obra do compositor ao longo de 2021.

Para começar, essas instituições estão lançando uma programação inicial, de 26 de fevereiro a 6 de março, na qual se destaca produções audiovisuais e fonográficas sobre o “Dotô do Baião”. A programação será realizada durante os 10 dias com transmissões na TV Pernambuco, Rádio Frei Caneca, e nos canais no Youtube do Museu Cais do Sertão (www.youtube.com/caisdosertao) e Secult-PE (www.youtube.com/secultpe).

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“Quando tivemos essa ideia de homenagear Zé Dantas, pensamos em possíveis parceiros como o Museu Cais do Sertão, que, como o próprio nome já anuncia, tem seu acervo voltado para o universo de Zé Dantas. A Fundação de Cultura Cidade do Recife seria uma parceria natural, tendo em vista possuir o Memorial Luiz Gonzaga. No caso da TV Pernambuco e da Rádio Frei Caneca, a parceria se consolidou na proposta de divulgação de produções audiovisuais e fonográficas que envolvem a obra de Zé Dantas”, explica Roberto Azoubel, coordenador de Literatura da Secult-PE e um dos responsáveis pela programação.

Para o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, José Manoel Sobrinho, homenagear Zé Dantas é uma forma de confirmar a força de um modo nordestino de existir e resistir no mundo pela arte. “A arte sobrevive ao tempo e ultrapassa qualquer limite da geografia humana. Zé Dantas fez de sua arte o seu modo de falar com o mundo. Comemorar os 100 anos de seu nascimento é motivo de orgulho para qualquer povo. Carnaíba deu ao mundo a voz potente deste mestre da poesia sertaneja, pernambucana. Para o Recife, é uma honra festejar sua existência. Um poeta que escreve A Volta da Asa Branca, Acauã, Sabiá, Riacho do Navio conhece com  profundidade a alma humana. Zé Dantas é  um artista de infinitas dimensões”, celebra.

“Desde que fomos procurados pela Secult-PE nos engajamos no projeto, até porque divulgar a cultura pernambucana é uma das missões da TVPE. Zé Dantas foi um compositor que marcou toda uma geração musical. Diante de um artista tão grande e que contribuiu tanto para a música nordestina e brasileira, precisamos passar o ano de 2021 destacando o trabalho deste grande parceiro de Luiz Gonzaga”, destaca Ivan Júnior, diretor de Programação e Produção da TV Pernambuco.

“O Cais do Sertão produziu, neste mês de fevereiro, uma série de conteúdos que foram veiculados nas nossas redes socais com o objetivo de divulgar a música e o legado de Zé Dantas. Desde o começo do mês, publicamos pelo Instagram, Facebook e Spotify uma série de homenagens para ele. E chegamos agora com uma grande comemoração conjunta, com a Secult-PE, Rádio Frei Caneca e TV Pernambuco, que vão vincular, a partir do dia 27, uma extensa programação webnários e  produtos audiovisuais e fonográficos”, ressalta Maria Rosa, gerente do Museu Cais do Sertão. 

A programação conta com a transmissão de dois webnários gravados e editados pela TV Pernambuco, com debates sobre o legado artístico de Zé Dantas: O primeiro é o “Um Dedo de Prosa – 100 Anos de ZéDantas”, com a participação de Lêda Dias, gerente de Políticas Culturais da Secult-PE; José Dantas, filho de Zé Dantas; e Anselmo Alves, documentarista, colecionador e pesquisador. 

O segundo, “Um Dedo de Prosa – A Poética de Zé Dantas” tem a presença de Diviol Lira, assistente de Música da Secult-PE. Padre Luiz Marques Ferreira, pároco de Carnaíba; Cacá Malaquias, músico e educador musical; e Daniel Bueno, cantor, compositor e escritor.

Dentre outros destaques da programação, haverá também a exibição do show Duetos, de Marina Elali, neta de Zé Dantas, que fará uma homenagem ao legado do avô. Já a partir de sábado (27), e ao longo de todo o ano, serão exibidos os programas “Pílulas do Zé”, na TV Pernambuco, Rádio Frei Caneca e redes sociais da Secult-PE e Cais do Sertão, contando um pouco sobre a vida e obra deste artista.

Também está prevista, no sábado (27), uma sessão do curta-documentário pernambucano “Psiu!”, trabalho autobiográfico sobre Zé Dantas dirigido por Antonio Carrilho, e com produção e codireção de Juliana Lima. O filme será exibido na TV Pernambuco, às 18h.

Com duração de 20 minutos, “Psiu!” retrata a vida e a obra de José de Souza Dantas Filho, nascido em Carnaíba, no Sertão do Pajeú pernambucano. No documentário, a trajetória dele é revista e conta com o suporte de imagens e gravações inéditas com a voz do compositor, além de depoimentos de nomes como Ariano Suassuna, Marina Elali, Yolanda Dantas (viúva), Geraldo Azevedo e demais parentes.

Ainda neste sábado (27), das 11h às 12h30, um debate ao vivo na Rádio Jornal, conduzido pelo comunicador Wagner Gomes e organizado em parceria com a Fundação de Cultura Cidade do Recife e o Memorial Luiz Gonzaga, reunirá especialistas para tratar sobre a importância e perpetuidade da obra de Zé Dantas, que tão bem retratou toda beleza e dureza da vida no Sertão Nordestino.

QUEM FOI? - José de Sousa Dantas Filho, compositor e poeta, nasceu no município pernambucano de Carnaíba (27/2/1921) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ) (11/3/1962). Em 1947, conheceu Luiz Gonzaga, de quem se tornou um dos principais parceiros musicais, ao lado do também compositor Humberto Teixeira. Três anos depois, em 1950, Luiz Gonzaga gravou algumas de suas composições, como Vem, Morena, A Dança da Moda, o xote Cintura Fina, entre outros, dando início a uma das parceiras musicais mais exitosas da música brasileira.

PROGRAMAÇÃO DO CENTENÁRIO ZÉ DANTAS

(De 26 de fevereiro a 6 de março)

Sexta-feira (26/02)

15h – Quadro Poética – Salada Pop / Especial ZéDantas

(O poética é um quadro veiculado diariamente no programa Salada Pop, apresentando um(a) poeta e alguma de suas obras declamadas na Rádio Frei Caneca).

Rádio Frei (101.5 FM, www.freicanecafm.org ou pelo app)

Sábado (27/02)

10h – Lançamento dos webnários ‘Um Dedo de Prosa – 100 anos de ZéDantas’ e “Um Dedo de Prosa – A Poética de ZéDantas”

YouTube da Secult-PE (www.youtube.com/secultpe)

11h – Mesa de Bar,  programa de rádio conduzido pelo comunicador Wagner Gomes e organizado pela Fundação de Cultura da Cidade do Recife/Memorial Luiz Gonzaga, com pesquisadores/especialistas da obra de ZeDantas.

Rádio Jornal (90.3 FM, www.radiojornal.ne10.uol.com.br/ao-vivo/recife ou pelo app)

18h – Transmissão de ‘Um Dedo de Prosa – 100 Anos de ZéDantas’

Rádio Frei (101.5 FM, www.freicanecafm.org ou pelo app) e Youtube do Cais do Sertão (www.youtube.com/caisdosertao)

18h – Exibições do curta-metragem “PSIU!” e do show Duetos da Marina Elali

TV Pernambuco (RMR: 46.1; Caruaru: 12.1; Petrolina: 13.1)

19h – Programação musical ZéDantas

Rádio Frei Caneca (101.5 FM, www.freicanecafm.org ou pelo app)

Domingo (28/02)

Lançamento da playlist ‘ZéDantas’ no Spotify do Cais do Sertão

15h – Exibição de ‘Um Dedo de Prosa – 100 Anos de ZéDantas’

TV Pernambuco (RMR: 46.1; Caruaru: 12.1; Petrolina: 13.1)

Quarta-feira (3/03)

18h – Exibição de ‘Um Dedo de Prosa – 100 anos de ZéDantas’

Youtube do Cais do Sertão (www.youtube.com/caisdosertao) 

Sábado (6/03)

18h – Transmissão de ‘Um Dedo de Prosa – A Poética de ZéDantas’

Rádio Frei Caneca (101.5 FM, www.freicanecafm.org ou pelo app)

19h – Programação musical ZéDantas

Rádio Frei Caneca (101.5 FM, www.freicanecafm.org ou pelo app)

ATIVIDADES EXTRAS

*A partir do dia 27/02 e ao longo do ano: Exibições das Pílulas do Zé, na TV Pernambuco, Rádio Frei Caneca e redes sociais da Secult-PE, Museu Cais do Sertão, Fundação de Cultura Cidade do Recife e Secretaria de Cultura do Recife

Durante a passagem pela música, Luiz Gonzaga, consagrado Rei do Baião, cantou e narrou a vivência no Sertão de Pernambuco. Já a escritora e jornalista Clarice Lispector acessou o mundo e os sentimentos a partir de escrita intimista, tornando-se referência na literatura modernista. Em memória do centenário de ambos artistas brasileiros (ela é ucraniana mas viveu no Brasil desde menina), o Centro Cultural Cais do Sertão dedica sua programação online de dezembro à reflexão acerca das narrativas de Gonzaga e Lispector.

Em lembrança da obra de uma das escritoras mais importantes do século 20 no Brasil, a faixa semanal Conexão Cais recebe a escritora, jornalista e mestre em Teoria Literária pela UFPE Geórgia Alves e o pesquisador, gestor cultural e doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC Roberto Azoubel para analisar a relação de Clarice Lispector com o Recife. Sob o tema O cais de Clarice - Uma conversa sobre Clarice Lispector e o Recife, o bate-papo será transmitido ao vivo, na próxima quarta-feira (9), via Instagram do museu, a partir das 15h.

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"O Cais é um espaço cultural e democrático que preza pelo reconhecimento individual a partir do acervo dedicado à odisseia sertaneja. Em suma, celebrar  e refletir sobre os centenários de Luiz Gonzaga e Clarice Lispector possibilitam identificação e valorização do que é feito em território local e nacional. Tê-los em nossa programação online fortifica o nosso pertencimento da cidade, da cultura e dos equipamentos culturais", analisa a coordenadora de conteúdo do Cais, Clarice Andrade.

Já o saudoso Rei do Baião, Luiz Gonzaga, tem legado homenageado com webinário transmitido ao vivo no canal do YouTube do Cais do Sertão. A roda de conversa recebe o biógrafo Climério de Oliveira, a pesquisadora de música Brasileira Dominique Dreyfus e o maior colecionador da obra de Gonzaga, Paulo Vanderley, que pretendem analisar aspectos da musicalidade e da narrativa sertaneja cantada pelo músico. O webinário acontece na quarta (16),  às 18h.

Com espaço dedicado ao Sertão cantado por Gonzaga, o Cais do Sertão é um equipamento turístico e cultural situado no coração do Recife. Gerido pela Secretaria de Turismo e Lazer e a Empetur, tem funcionado, atualmente, nos seguintes horários: quintas e sextas-feiras, das 10h às 16h; sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h.

*Da assessoria

Zabumba, Sanfona, triângulo e a narrativa inesquecível sobre a vida no Sertão pernambucano. Difícil não associar tudo isso ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Ao longo dos seus mais de 40 anos de carreira, o músico soube contar fielmente sobre a narrativa sertaneja - dotada de fé, esperança e resistência. Durante os quase 40 anos de carreira, Luiz Gonzaga presenteou o Nordeste e o mundo com suas composições.

Neste domingo (2), 31 anos sem a presença física do músico, o Centro Cultural Cais do Sertão exalta o seu legado social e cultural, com gama de atividades online, para todos os públicos. Ao longo da semana, bate-papos, entrevistas e playlists serão dedicadas ao Rei. A programação pode ser acompanhada no perfil oficial do museu no Instagram. As homenagens ao saudoso músico aportam na primeira live de agosto do quadro Papo de Museu.

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Na terça-feira (4), às 17h, os internautas conferem bate-papo com Paulo Wanderley, consultor de investimentos do Banco do Brasil e pesquisador da vida e obra de Gonzaga. Sob o tema "O menino que filmou a despedida de Luiz Gonzaga", a conversa será mediada por Maria Rosa Maia, gestora do Cais, e terá como foco o dia da despedida do artista em Exu, Pernambuco.

"Luiz Gonzaga, Rei do Baião, é o nosso cânone quando pensamos em cultura pernambucana. Artistas de diferentes segmentos tomaram como base as suas narrativas para as próprias criações. Gonzaga se faz presente na arte e na resiliência do povo sertanejo", comenta Rodrigo Novaes, secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco.

Já na quinta-feira (6), a partir das 17h, o Conexão Cais recebe o jornalista José Mário Austregésilo, que também é escritor, doutor em Serviço Social pela UFPE e diretor de rádio, TV e cinema. Mediada por Sandro Santo, educador do museu, a conversa tem como foco analisar a linguagem popular presente nas canções de Gonzaga e os símbolos que norteiam até hoje a cultura nordestina. "Luiz Gonzaga: o homem, sua terra, sua luta", livro de Autregésilo, também é tema do encontro online, que esmiúça ainda a inserção de ritmos nordestinos à música popular brasileira.

Além das rodas de conversa, não vai faltar boa música pernambucana! Especialmente para a data, o perfil do Spotify do Cais do Sertão está recheado de playlists temáticas. Em memória ao Rei, estão disponíveis para audição as seleções "O Sertão cantado por Luiz Gonzaga", com mais de 40 clássicos, entre eles "A Morte do Vaqueiro", "Numa Sala de Reboco" e "Asa Branca". Diogo do Monte, músico-educador do museu, seleciona sequência de canções do xaxado, interpretadas pela rainha do ritmo, Marinês.

Fé, patrimônio e tradição junina

Na mesma semana de homenagens ao Rei do Baião, nesta quinta-feira (5), a partir das 16h, o canal do YouTube do Cais do Sertão transmitirá o lançamento do livro "Acorda Povo e Bandeira dos Santos Juninos: pesquisa sobre patrimônio cultural imaterial de Pernambuco", coordenado por Mário Ribeiro, doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco e professor da Universidade de Pernambuco.

As mestras em História e Musicologia pela UFPE, Ester Monteiro, Déborah Callender e Alice Alves, e ainda Paulo Maia, fotógrafo e mestre em Antropologia pela UFPE, e Raquel Araújo, assistente de pesquisa, completam a mesa. A publicação tem como missão reconhecer as singularidades do patrimônio cultural encontradas nas manifestações de fé e nas festividades juninas.

O livro registra a representatividade do grupo Acorda Povo e das Bandeiras dos Santos Juninos no que tange ao conceito de patrimônio. O material conta com documentos sobre os grupos e entrevistas coletadas entre 2018 e 2019. Os grupos residem entre Olinda e Recife. A obra conta com incentivo do Governo de Pernambuco, Funcultura, Fundarpe e Secretaria de Cultura. E apoio do Cais do Sertão e Editora da Universidade de Pernambuco (Edupe).

Programação:

04/08 - Papo de Museu com Paulo Wanderley, às 17h, no @caisdosertao

05/08 - Lançamento do Livro "Acorda Povo e Bandeira dos Santos Juninos: pesquisa sobre patrimônio cultural imaterial de Pernambuco", às 16h, no YouTube do Cais

06/08 - Conexão Cais com José Mário Austregésilo, às 17h, no @caisdosertao 

Todo acervo musical pode ser conferido no Spotify do Cais

*Da assessoria

O músico Francisco Ferreira Lima, mais conhecido como Pinto do Acordeon, faleceu na madrugada desta terça-feira (21), aos 72 anos, vítima de câncer. O paraibano estava internado desde o mês de janeiro no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo. O velório do músico será realizado em João Pessoa e o sepultamento será na cidade de Patos, no Sertão da Paraíba.

A carreira de Pinto do Acordeon iniciou em 1976, quando lançou seu primeiro LP solo, e se tornou popular ao se apresentar com a trupe de Luiz Gonzaga. Durante sua trajetória na música, gravou cerca de 20 álbuns e tem canções gravadas por diversos artistas como Genival Lacerda, Dominguinhos, Trio Nordestino, Fagner e Elba Ramalho.

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As obras do artista se tornaram Patrimônio Cultural e Imaterial da Paraíba em 2019 através de um projeto de lei apresentado pelo deputado Delegado Wallber Virgolino. Entre os maiores sucessos do músico, estão as canções “Neném Mulher”, “Matuto Teimoso, “Roendo Unha”, “Paixão de Beata”, entre outras.

Criada por Luiz Gonzaga e o Padre João Câncio, a Missa do Vaqueiro de Serrita, no Sertão de Pernambuco, está completando 50 anos em 2020. No entanto, os profissionais de produzem e dão vida ao evento reclamam da falta de pagamento por parte do Governo do Estado.

Artistas, técnicos, equipe de palco e fornecedores receberam apenas 50% do cachê acertado para o ano de 2018, e nenhum valor correspondente a 2019. Segundo a produção da Missa, o Governo de Pernambuco alega que há pendências na prestação de contas referente ao ano de 2018, mas não informa quais são.

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De acordo com Helena Câncio, por conta da pandemia do novo coronavírus, os profissionais que participam do evento precisam que o pagamento seja regularizado, mas que a organização não possui uma resposta assertiva da Empetur.

“Se havia pendências, como autorizaram a realização da edição do ano passado?  Não faz sentido. É um evento de grande importância pro estado e para o Brasil. Esses artistas, estes técnicos, estão quase sem trabalhar durante a pandemia. Isso agrava ainda mais a situação. Esperamos mais respeito e sensibilidade por conta das autoridades”, disse ela, em entrevista ao LeiaJá.

Mesmo enfrentando diversos problemas, inclusive a falta de apoio, a organização da Missa do Vaqueiro, primeira e mais tradicional festa do sertão, realizou uma programação para que os 50 anos do evento não passe em branco. Organizado pela Fundação Padre João Câncio, com a colaboração dos artistas, a equipe montou duas lives com música e religião, para o público que acompanha a festa.

A programação conta com os artistas Josildo Sá, Flávio Leandro e Carol Aboios, que se apresentam no sábado (25). Já o domingo (26), o evento recebe o bispo Dom Magnus, da Diocese de Salgueiro, fazendo uma benção para os Vaqueiros.

O apresentador Pedro Bial vai receber logo mais no seu programa o cantor Alceu Valença. No bate-papo, o artista pernambucano contará alguns momentos da sua vida pessoal e profissional. Entre as curiosidades reveladas no 'Conversa com Bial', através de chamada de vídeo, Alceu destacou um dos momentos que marcou sua trajetória.

Ele relembrou um encontro que teve com Luiz Gonzaga. Alceu disse que o Rei do Baião assistiu a uma apresentação dele em Juazeiro do Norte. Depois que se viram, Gonzagão deu sua opinião sobre o show do cantor. "Sabe o que está fazendo meu filho? Uma banda de pífano elétrica", disse o dono do clássico Asa Branca.

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Em um outro momento da entrevista, Alceu Valença afirmou que no início da carreira sua música foi incompreendida por diversas pessoas: "Naquela época uns diziam que eu não era MPB porque eu usava guitarra, e os caras da MPB diziam que eu era rock'n'roll". O Conversa com Bial vai ao ar depois do Jornal da Globo.

Quinteto Violado se une a Chambinho do Acordeon e Orquestra Criança Cidadã em estreia nacional do show ‘Gonzagão Sinfônico’. A apresentação acontece no dia 28 de março, às 19h, no Teatro Guararapes. Os ingressos custam a partir de R$ 40, à venda na bilheteria do Teatro e na plataforma do Sympla.

No repertório, canções selecionadas entre as 500 registradas pelo Rei do Baião em seus 56 discos, entre eles “Asa Branca”, “Sabiá”, “Sala de Reboco” e “Qui Nem Jiló” aclamadas pelo público e apresentadas em uma versão orquestrada.

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Serviço

Gonzagão Sinfônico

28 de março | 19h

Teatro Guararapes (Centro de Convenções)

R$ 120 inteira, R$ 60 meia (Plateia Especial),  R$ 100 inteira, R$ 50 meia (Plateia),  R$ 80 inteira, R$ 40 meia (Balcão)

Informações: (81) 3182 8020

A história de um dos maiores expoentes da música popular brasileira é tema de uma exposição gratuita na cidade de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. Em homenagem ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga (1912-1989), o Salão Expositivo do Teatro Adamastor abre as portas para a mostra "Na Eternidade dos 30!". A visitação pode ser feita todos os dias, das 9h até às 22h, e está aberta até 1º de março.

Com curadoria de Assis Ângelo, cenografia de Celso Rorato e direção geral de Sylvia Jardim, a exposição celebra a memória do cantor e compositor pernambucano ao lembrar os 30 anos de sua morte. Além disso, o conjunto da mostra recorda 70 anos da gravação do primeiro forró, a música "Forró de Mané Vitor", de autoria de Luiz Gonzaga e Zé Dantas.

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Entre os itens expostos estão literaturas de cordel, partituras musicais, letras inéditas, discos raros, livros, documentos, revistas e fotos do acervo que pertence ao Instituto Memória Brasil (IMB). Junto aos materiais da mostra, os visitantes também poderão ouvir jingles comerciais e políticos compostos pelo artista. A mostra foi separada em sete estações com duas seções que aproximarão os visitantes da herança artística e cultural do músico. A obra de Luiz Gonzaga é considerada patrimônio imaterial da cultura brasileira.

Serviço

Exposição Luiz Gonzaga "Na Eternidade dos 30!"

Quando: até 1º de março, todos os dias, das 9h até às 22h

Onde: Salão Expositivo do Teatro Adamastor - Avenida Monteiro Lobato, 734, Macedo, Guarulhos - SP

Entrada gratuita

O dia 13 de dezembro é motivo de grande comemoração no Nordeste. Foi nesta data, em 1912, que nasceu Luiz Gonzaga do Nascimento; natural da cidade de Exu, no sertão pernambucano. Anos mais tarde, ele se transformaria no Rei do Baião, o mestre Lua.

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Luiz Gonzaga foi responsável por criar toda uma estética, imagética e sonora, que apresentou o povo e a cultura nordestinas para o resto do país. Foi ele, também, o criador do trio do forró e do gênero musical baião, que desde a década de 1940 vem embalando e botando muita gente pra dançar. 

Se vivo estivesse, o mestre Lua estaria completando 107 anos, em 2019. Para celebrar a data, o LeiaJá preparou uma lista com 10 clássicos da obra do Rei do Baião. Confira e comemore. 

Asa Branca

Assum Preto

Baião

Xote das Meninas

Pagode Russo

Olha pro céu

Respeita Januário

Boiadeiro

Que nem Jiló

O cheiro da Carolina

 

Nesta sexta (13), o eterno Rei do Baião, Luiz Gonzaga, estaria completando 107 anos de idade. Para celebrar o legado do artista, referência da cultura nordestina, o estado de Pernambuco se enche de festa da capital ao sertão. Além das homenagens no Cais do Sertão, no Recife, também haverá programação em Exu, cidade natal de Gonzaga, com o Festival Viva Gonzagão, e em Caruaru.  

No Recife, as homenagens a Gonzaga acontecem no Cais do Sertão. A festa Parabéns pra Gonzagão vai reunir os forrozeiros Toinho do Baião, Beto Ortiz e Josildo Sá para uma noite de muita música. Antes dos shows, haverá o lançamento do livro Glossário Gonzaguiano, do pesquisador Daniel Bueno, com sessão de autógrafos. O evento começa às 19h. 

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Já em Exu, no sertão pernambucano, o tradicional festival Viva Gonzagão relembra e homenageia a obra do Rei do Baião. Na sexta (13), acontece a Caminhada das Sanfonas de Exu, com sanfoneiros e representantes do autêntico forró pé-de-serra. Em Caruaru, a II Semana Viva Gonzaga contará com mais de 50 artistas tocando as músicas do mestre, no Parque de Eventos Luiz Gonzaga. 

Serviço

Parabéns pra Gonzagão

Sexta (13) - 19h

Centro Cultural Cais do Sertão - Recife

Gratuito

Festival Viva Gonzagão

Sexta (13)

Polos Danado de Bom (Praça Luiz Gonzaga) e Gonzagão do Povo (Praça de Eventos)

Gratuito

III Semana Viva Gonzagão

Sexta (13) 

Parque de Eventos Luiz Gonzaga

Gratuito

 

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