Dez músicas que certamente você irá ouvir no carnaval
Marchinhas, frevos e hinos de blocos foram eternizados nas ruas e ladeiras de Recife e Olinda
Carnaval chegando, a população recifense, e olindense, já se preparam para curtir a folia nas ruas do Recife Antigo, ladeiras de Olinda, entre outros polos das cidades-irmãs. Entre as atrações nos grandes shows e apresentações de bandas e orquestras, se esperam algumas músicas que já se tornaram patrimônio do carnaval pernambucano. O LeiaJa.com preparou uma lista com alguns desses hits que fazem sucesso entre os foliões há algum tempo. Confira as 'certas' do carnaval:
1 - Vassourinhas
O frevo escrito por Matias da Rocha e Joana Batista Ramos, composto em 1909, foi comprado pelo Clube Vassourinhas que deu o nome à composição. O ritmo é marcante e, apesar de algumas pessoas não saberem cantar a letra, virou uma marcha utilizada para reacender o passista que está cansado durante a folia. É tão certo quanto o público que irá comparecer ao Galo da Madrugada, o Homem da Meia Noite ou no Bacalhau do Batata, na quarta-feira de cinzas.
2 - Praieira
Música imortalizada na voz do percursor do movimento Mangue Beat, Chico Science, Praieira é o tipo de música que não passa despercebida entre blocos. O refrão que diz "uma cerveja antes do almoço, é muito bom para ficar pensando melhor" já está marcado na mente do folião. É mais uma presença certa nos cinco dias de carnaval em Recife e Olinda.
3 - Hino do Elefante de Olinda
Clídio Nigro, um dos maiores compositores de frevo de Olinda, foi convidado para dar um hino ao Elefante de Olinda. A música demorou um pouco para pegar pois, à época, o Hino da Pitombeira era a composição mais consagrada. Vale salientar que o Elefante surgiu de uma dissidência da Pitombeira. Porém, o tempo passou e premiou a bela música criada pelo olindense Clídio. Impossível subir as ladeiras em sábado de Zé Pereira e não ouvir o público cantando alto.
4 - Arrêa a lenha
O frevo eternizado nas vozes de Marron Brasileiro (compositor) e Almir Rouche (intérprete/puxador do Galo) tira a galera do chão quando toca em pleno meio dia no Galo da Madrugada. É assim sempre que o hit, onde "essa cidade vai tremer", toca no carnaval pernambucano. Mais uma para nossa lista.
5 - Chuva de sombrinhas
Multidão reunida no Galo da Madrugada e ladeiras de Olinda. Sol de meio dia bate forte no folião que pula e canta alto: 'ai que calor'. Calor mesmo, e a chuva de sombrinhas com um refrão tão incisivo não poderia passar batido nessa lista. É tradição do mais novo ao mais velho. O verso tão simples, e repetido, fica na cabeça daquele que curte o carnaval. Presença certa na voz de André Rio e dos intérpretes em todo lugar onde houver música.
6 - Frevo mulher
Quem já curtiu o carnaval em Recife e Olinda, conhece. A música de Zé Ramalho é mais uma das mais cantadas durante as festividades. Curioso ter sido composta no Rio de Janeiro e encaixar tão bem na folia de Pernambuco. Mais uma que vai ser ouvida, sem dúvidas.
7 - Voltei, Recife
A composição de Luiz Bandeira é uma das mais famosas dessa listagem. Alceu Valença ajudou a eternizar após tantos carnavais cantando no Marco Zero. Mas é letra certa na boca do folião pernambucano. Daqueles que realmente estão voltando com saudade, ou só daquele que está de passagem.
8 - Morena tropicana
A composição de Vicente Barreto e Alceu Valença ganhou as ruas principalmente nas noites de festa no Recife Antigo. A música em ritmo lento, que lembra um reggae, conquistou os foliões e é presença mais do que certa nos shows de Alceu que lotam qualquer ponto de Recife e Olinda.
9 - Último regresso
Lema do Bloco da Saudade, a marchinha é outra que toca em qualquer lugar. Em qualquer lugar mesmo, sem distinção de blocos. Afinal, o carnaval multicultural não tem mais disputa entre agremiações, as cidades recebem todos de peito aberto. Pode apostar, o último regresso vai tocar em 2017 seja com Getúlio Cavalcante ou Alcymar Monteiro.
10 - Quarta-feira ingrata
Tão certa quanto o fim das festividades na quarta-feira de cinzas, vem a marchinha lamentando sua chegada. Mais uma canção de Luiz Bandeira que conquistou o povo pernambucano e se repete a cada carnaval. Alcymar Monteiro eternizou o canto que é reproduzido por outros intérpretes de peso do cenário local. Com uma letra que descreve bem o sentimento de tristeza por terminar a folia, o frevo se consagrou no carnaval do estado. Com certeza, será ouvida onde houver música e festa.