Sem carnaval oficial, Belém amarga vazio cultural

Diretor e carnavalesco de escola de samba do grupo especial de Belém falam a respeito da decisão da prefeitura de suspender o desfile de 2017

por Gabriel Marques sex, 17/02/2017 - 15:43

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Conhecido por sua tradição, o carnaval de Belém encanta não só os próprios paraenses como também turistas que vêm visitar a capital paraense. Escolas como Piratas da Batucada, Bole Bole, Rancho não posso me Amofiná, entre outras agremiações dos grupos especiais e de acesso, fazem a festa nas noites do desfile de carnaval em Belém.

Em 2017, a festa acabou ficando comprometida, pois a prefeitura de Belém, após uma reunião com carnavalescos e representantes da Liga das Escolas de Samba, decidiu que não haverá carnaval oficial, alegando falta de recursos financeiros para a realização da manifestação cultural. Segundo a prefeitura, o repasse financeiro para mais de 40 escolas só pode chegar a R$ 1 milhão, valor insuficiente para custear as despesas das agremiações.

Segundo o diretor da escola Piratas da Batucada, Jamil Mouzinho, o sentimento na escola é de tristeza. “Um misto de indignação e apatia. Quando se recebe uma notícia que vem impactar um processo de construção que uma escola de samba, que se prepara durante o ano inteiro, mexe-se com toda uma organização e preparação. Tristeza também por causa daquilo que não vai acontecer”, contou.

Além de ser uma festa cultural, o carnaval paraense movimenta a economia em Belém durante os meses de janeiro, período dos arrastões de rua realizados pelas escolas, e fevereiro, noite dos desfiles. O carnavalesco Jean Negrão destaca a forte representação cultural que o carnaval possui. “É um processo de incentivo a vários outros campos da cidade, não só econômico, mas o social, cultural, o de formação. A cultura é responsável por tudo isso”, explicou. Abaixo, confira as entrevistas.

 

 

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