Zeca Baleiro encerra o 'BB Seguridade de Blues e Jazz'

Cantor foi uma das grandes atrações do festival e fechou a programação com um belo show de blues

por Paula Brasileiro sab, 23/09/2017 - 22:56
Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens Zeca baleiro encerrou o 'BB Seguridade de Blues e Jazz' neste sábado (23), no Recife Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens

O cantor Zeca Baleiro foi uma das atrações do festival BB Seguridade de Blues e Jazz, neste sábado (23), no Parque Santana, Zona Norte do Recife. Apresentando um repertório só de blues, Zeca encerrou a programação do evento em um show vigoroso e emocionante. Antes de subir ao palco, o cantor conversou com o LeiaJá sobre tocar o gênero e revelou alguns projetos futuros.

Baleiro falou como monta o repertório para o show de blues. "Tem muito de blues na música brasileira, na minha música também. Desde o início do festival, há alguns meses, desde Curitiba, o repertório vem mudando. A gente vem experimentando. A gente tem homenageado compositores brasileiros que têm uma veia de blues como Luiz Melodia, às vezes Raul Seixas e aqui e ali tocamos um clássico internacional. Tem sido uma experiência. E adapto algumas canções ao formato mais blues, mais country". Sobre tocar no Recife, o músico garantiu que é sempre “gostoso”: “Especialmente numa situação como essa, aberto, num parque, no sábado à noite. Acho que torna a atmosfera ainda mais espontânea, mais calorosa. Eu gosto muito”.

O artista falou sobre como faz para conciliar seu processo criativo às necessidades do mercado da música: “Fiz 20 anos de carreira agora, não é? Desde que eu comecei, as coisas mudaram muito. Já tivemos o advento da pirataria, o enfraquecimento do CD, agora vêm as plataformas digitais. As coisas têm mudado muito rápido por causa da tecnologia. A gente que faz música tem que estar atento a esses movimentos, das formas novas de aproximação com o público”. Ele ainda pontuou: “Acho que o grande desafio do artista é equilibrar até onde isso é mercado, até onde isso é verdade anterior. Até onde o que você está falando ainda é pertinente. São perguntas que eu acho que o artista tem que se fazer sempre. Senão você acaba ficando negligente, preguiçoso, só indo a favor da corrente. Às vezes você quer agradar você, às vezes você procura agradar o público, é sempre um certo jogo, uma negociação”.

Novidades

Baleiro está lançando uma série de discos digitais - o primeiro saiu em setembro, 'Duetos Vol.1' - em comemoração às duas décadas de carreira. Já em dezembro, vem outra novidade para os fãs: “Serão só gravações feitas mas não jogadas ao público”. E, em 2018, o cantor lança mais um disco voltado para o público infantil (o primeiro, Zoró, foi lançado em 2014).

“Agora vou fazer o 'Zureta, o vol. 2'. São canções que eu fiz para os meus filhos, há 19 anos. Como pai, eu sei que a gente padece buscando coisas interessantes para os filhos. De lá pra cá tem mais coisa bacana, como o Palavra Cantada, o projeto lindo da Adriana Calcanhoto. Para mim é desafiador. Eu comecei trabalhando com teatro infantil, no Maranhão, é um retorno às raízes pra mim”.

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